Heraldo Almeida

Religiões afro-brasileiras e o sincretismo


Foto: Ascom Setur

Mediante o processo de colonização no Brasil, a Igreja Católica se colocava em um delicado dilema ao representar a religião oficial do espaço colonial. Em algumas situações, os clérigos tentavam reprimir as manifestações religiosas dos escravos e lhes impor o paradigma cristão. Em outras situações, preferiam fazer vista grossa aos cantos, batuques, danças e rezas ocorridas nas senzalas. Diversas vezes, os negros organizavam propositalmente suas manifestações em dias-santos ou durante outras festividades católicas.

Ao manterem suas tradições religiosas, muitas nações africanas alimentavam as antigas rivalidades contra outros grupos de negros atingidos pela escravidão. Aparentemente, a participação dos negros nas manifestações de origem católica poderia representar a conversão religiosa dessas populações e a perda de sua identidade. Contudo, muitos escravos, mesmo se reconhecendo como cristãos, não abandonaram a fé nos orixás, voduns e inquices oriundos de sua terra natal. Ao longo do tempo, a coexistência das crendices abriu campo para que novas experiências religiosas – dotadas de elementos africanos, cristãos e indígenas – fossem estruturadas no Brasil.

É a partir dessa situação que podemos compreender porque vários santos católicos equivalem a determinadas divindades de origem africana. Além disso, podemos compreender como vários dos deuses africanos percorrem religiões distintas. Na atualidade, não é muito difícil conhecer alguém que professe uma determinada religião, mas que se simpatize ou também frequente outras.

Dessa forma, observamos que o desenvolvimento da cultura religiosa brasileira foi evidentemente marcado por uma série de negociações, trocas e incorporações. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que podemos ver a presença de equivalências e proximidades entre os cultos africanos e as outras religiões estabelecidas no Brasil, também temos uma série de particularidades que definem várias diferenças. Por fim, o sincretismo religioso acabou articulando uma experiência cultural própria. (Texto: Rainer Sousa)

 

 

Música

Compositora e cantora, Lia Sophia lança sua nova obra musical, ‘Ela Chegou Pra Ficar’, na sexta (16).
Nas redes sociais da artista

 

Alternativa

Cantores continuam gravando vídeos e publicando nas redes sociais.
É uma boa alternativa para ficarem mais próximos do público.

 

Nas escolas

Movimento Nação Marabaixeira já realizou três festivais ‘Cantando Marabaixo Nas Escolas’, valorizando a cultura-mãe do Amapá: O Marabaixo.
O projeto contempla adolescentes, jovens e professores com composições próprias e gravação de disco.
Coordenação e direção são do ativista cultural Carlos Pirú.

 

Nova geração

Cantora amapaense, Loren Cavalcante se destaca pela bela voz cantando as temáticas regionais amazônicas.
É da safra da nova geração da boa música brasileira.
Parabéns.

 

Memória

Jornalista e pesquisador, João Lázaro, o ‘Janjão’, está resgatando a memória histórica do Amapá. Tudo retratado em seu blog ‘porta-retrato-ap.blogspot.com’ e uma Fan Page (Facebook).
São postagens de fotos antigas, documentos, vídeos, recortes de jornais e revistas, depoimentos, narrativas e outros que retratam a história e a memória do Amapá.

 

Presente

Amigo, poeta, cantor e compositor, Ricardo Iraguany me presenteou com o livro ‘Poetas na Linha Imaginária’.
Além de seus poemas, a coletânea possui obras de vários poetas amapaenses.
Recomendo.

 

Marabaixo

O livro do escritor Fernando Canto, ‘O Marabaixo Através da História’, é uma explanação didática sobre o Marabaixo e seus rituais.
“Não traz a pretensão de um artigo científico”, disse o autor.
Aconselho.