Polícia

Traficantes presos em Cabo Frio (RJ) davam ordens para crimes no Amapá, diz polícia

Rogério Baia e Cássio ‘Espeto’ integram uma facção no Amapá e atualmente viviam em um bairro turístico na região dos Lagos de Cabo Frio (RJ). Eles foram presos em uma operação da 126ª DP de Cabo Frio.


Elden Carlos
Editor-chefe

Os traficantes amapaenses Rogério Baia Pimentel, de 26 anos, e Cássio Ricardo Sampaio Vasconcelos Ramos, de 25 anos, o ‘Espeto’, foram presos na manhã de quinta-feira (24) no bairro Jacaré, área central do município de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Eles estavam em casas distintas na Região dos Lagos.

A prisão foi comandada pelo delegado Carlos Eduardo Pereira, da 126ª Delegacia de Polícia Civil de Cabo Frio. Segundo o inspetor da Polícia Civil, Carlos Alberto Rolemberg, as prisões ocorreram após o recebimento de uma denúncia anônima. Com eles a polícia apreendeu uma quantia considerável de drogas e um caderno com a contabilidade do tráfico. O inspetor concedeu entrevista na manhã desta sexta-feira (25), por telefone, ao programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM).

“Nós conseguimos lograr êxito e encontrá-los através do disk denúncia. Recebemos informações de que havia três elementos oriundos do Amapá morando em três casas diferentes. Montamos campana por dois dias para vigiar a movimentação deles. Conseguimos prender dois e o terceiro ainda estamos buscando. Ele não retornou para casa após essas prisões”, disse.

Rogério diz comandar o tráfico de drogas no bairro Buritizal, em Macapá. Cássio responde por dois homicídios no Amapá

Ainda de acordo com o inspetor, os criminosos amapaenses teriam ido para o Rio de Janeiro buscar apoio de uma facção criminosa atuante em todo o país.

“A investigação está em andamento, mas tudo indica que eles vieram buscar apoio com uma das maiores facções aqui do estado [RJ] para continuar com as ilicitudes no Amapá. As conversas nos aparelhos celulares mostram essa ligação. O Rogério se declara líder do tráfico no bairro Buritizal”, disse o inspetor.

Carlos Rolemberg, que é chefe de operações da 126ª DP, ainda afirmou que os traficantes orquestravam e determinavam [de Cabo Frio] ações violentas para seus comandados, em Macapá. Após a tomada de depoimento na delegacia, que tem como chefe o inspetor Guilherme Ferreri, os dois criminosos foram levados para um presídio na cidade do Rio de Janeiro.

Crimes

O Diário apurou que tanto Rogério quanto Cássio têm passagens pela polícia por crimes diversos. No entanto, Cássio Sampaio, o Espeto, responde por dois homicídios (Art.121) na capital amapaense.

Segundo denúncia ofertada pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP), no dia 10 de abril de 2018 Cássio e outros dois comparsas assassinaram a tiros Wallace Martins Mourão, de 22 anos. O crime ocorreu por volta de 22h40 em uma área de passarela localizada no final da Avenida Bahia, bairro Pacoval, Centro de Macapá. A vítima estaria devendo R$ 500 para os criminosos, o que teria motivado a execução.

No dia 3 de agosto daquele ano, com auxílio de mais 5 faccionados, Cássio Espeto invadiu, por volta de 5h45 da manhã, a casa de Maria Ilma Gouveia dos Santos, de 39 anos. Ela morava na Avenida João Paulo de Souza, bairro Jardim Felicidade I, Zona Norte de Macapá. Ela foi torturada e morta a tiros pela facção.

De acordo com o inquérito policial, eles foram à residência [usando tocas ninja e coletes balísticos] para matar o esposo e filho de Maria Ilma. Os dois alvos perceberam a chegada e fugiram pelos fundos da residência. Ilma não teve a mesma sorte e acabou executada na sala de casa.

 

Cássio e Rogério postavam fotos em confraternizações tranquilamente

 

 


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