Política

Lucas diz que vai atuar pela exploração responsável das riquezas do Amapá, plano Collor e transposição

Senador eleito pelo PTB promete se empenhar em trabalho conjunto com a nova bancada federal para que os amapaenses sejam ouvidos sobre a exploração de petróleo e de minérios na Renca, como também compensações ao Amapá pela preservação.


O senador eleito pelo PTB Lucas Barreto afirmou neste sábado no programa Togas&Becas (DiárioFM 90,9) que vai defender em Brasília a exploração de riquezas naturais do Amapá “com responsabilidade”, cujo debate, segundo ele, deverá ter a participação direta da população. Ele também manifestou preocupação com a transposição dos servidores do Ex-Território para o quadro da União, ponderando que possivelmente o novo presidente da República pode ter outra visão, mas deixou claro que vai se empenhar para que a medida seja mantida.

“A minha maior bandeira é o desenvolvimento. Na minha opinião o Amapá é o estado mais rico do planeta, o único com cinco biomas, tem porto, uma localização estratégica e incalculáveis riquezas minerais, como a Renca, a Reserva do Cobre e Associações, que embora não tenha cobre, tem ouro e outros minérios associados em grande quantidade; só na Renca estudos apontam que há 1,7 trilhão em minérios, distribuídos no Amapá e no Pará; vamos guardar pra que e pra quem essas riquezas; inclusive acho que nem compensaria explorar o petróleo por causa das alternativas de energia que estão se desenvolvendo, mas podemos explorar sim e protegendo os corais”, ressaltou.

Senador eleito pelo PTB Lucas Barreto

O senador destacou a necessidade de ouvir a população do Amapá para decidir pela exploração ou não dos recursos naturais do estado: ”Temos um enorme estuário de peixes que é levado para outros países por grandes navios, que usam 1 mil anzóis e 5 mil metros de rede, enquanto nossos pescadores artesanais, no mesmo espaço de tempo, usam 100 anzóis e 300 metros de rede; temos que discutir com a Marinha, com o ICMbio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade) e o Ibama, com a participação da população amapaense, que é quem deverá definir se e como se fará essa exploração, porque afinal se trata de um patrimônio do povo amapaense”.

Lucas Barreto também falou sobre o processo de transposição: “Minha disposição em Brasília não é simplesmente brigar, mas lutar pelos direitos do Amapá e buscar mecanismos para o seu desenvolvimento; tem que ser feita a transposição e para isso vamos buscar a união da bancada para conversar com o ministro do Planejamento para saber o que é possível fazer, porque nesse caso se faz o que é possível e depois avança de novo; vamos também fazer articulações para convencer o Ministério Público Federal (MPF) a retirar a ação que pede a inconstitucionalidade da medida; mas tudo isso eu vou lutar como sempre fiz, como uma pessoa pacata, com humildade, porque quem briga sempre perde e essa vitória é do povo”.


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