Política

“Macapá precisa de um prefeito alinhado com o Governo Federal, com foco em Deus, pátria e família”, defende Guaracy

Pastor e empresário Guaracy Júnior (PSL) foi o 9º e penúltimo entrevistado da rodada de entrevistas do programa radiofônico Luiz Melo Entrevista (Diário 90, 9 FM) na manhã desta quinta-feira (29).


Foto: Joelson Palheta/DA

Railana Pantoja
Da Redação

 

Penúltimo participante da rodada de entrevistas do programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9 FM), o candidato Guaracy Júnior (PSL) defendeu na manhã desta quinta-feira (29) propostas de governo para Macapá nas Eleições 2020.
Natural de Belém (PA), Guaracy Batista da Silveira Júnior tem 46 anos, é o filho mais velho de Guaracy Batista da Silveira e Eusete Diniz da Silveira. Quando Guaracy ainda era criança, os pais decidiram se mudar para a capital do Amapá, para facilitar o gerenciamento dos negócios da família.
Desde adolescente Guaracy começou a estudar a religião evangélica e hoje atua como pastor, além de ser o atual presidente da Igreja do Evangélico Quadrangular (IEQ). O candidato também é empresário agropecuarista e conferencista internacional. Alinhado com o governo Bolsonaro, Guaracy se lançou candidato ao senado em 2018 e teve boa aceitação, mas não foi eleito. Agora, disputa o cargo de prefeito de Macapá, tendo como vice o pastor Dídio (Patriota) e a coligação “Deus, pátria e família”.

Diário – O senhor disse que vai dar um choque de realidade na gestão de Macapá. Como vai fazer isso?
Guaracy – A Macapá que eu conheci há 38 anos era uma cidade que as pessoas vinham pra cá buscar emprego, gente de todo o Brasil vinha investir, mas infelizmente chegamos a este ponto. Macapá se tornou a capital brasileira do desemprego, para cada 12 pessoas, apenas uma tem emprego; a cidade foi pessimamente avaliada pelo Ideb, nossa condição de saúde é ruim, temos o pior saneamento básico do Brasil e a cidade se tornou insegura. E sabe qual o maior problema de Macapá? Não é só saneamento básico, saúde, educação. O problema maior é a corrupção, a burocracia e a hipocrisia. Precisamos gerar emprego e renda, trazer um parque industrial e fazer de Macapá a “pérola da Amazônia”, afinal, somos a única capital banhada pelo rio Amazonas.

Diário – O senhor é assumidamente adepto do Bolsonarismo. Isso significa que, se eleito, terá trânsito fácil no Governo Federal?
Guaracy – Sim. Eu acredito que o Brasil está mudando, uma onda verde e amarela está varrendo o país. Se o Brasil está mudando, então Macapá não pode mudar também?É um tempo diferente, em que a velha política está sendo colocada de lado. Eu tenho orgulho de falar do nosso presidente [Bolsonaro], ele é um homem que tem lutado por essa nação, para acabar com a corrupção, desburocratizar a nação e arrancar a hipocrisia. Acontece que, muitas vezes, para arredar o piano você encontra muitos problemas, e o presidente tem sido um combatente. Conheço o Bolsonaro há cinco anos, fui apresentado a ele pelo pastor Silas Malafaia, e é alguém que passei a admirar pelos seus posicionamentos. Alguém diz “ah, mas ele é doidão”, mas ele é um cara que fala a verdade e estamos nesse compromisso. Eu creio que Macapá precisa de um prefeito alinhado com o Governo Federal, com foco em Deus, pátria e família.

Diário – O esporte é visto como uma alternativa para promover a sociabilidade e combater o sedentarismo. Quais suas propostas de políticas públicas para o esporte em Macapá?
Guaracy – A Macapá que eu sonho terá de frente para o rio Amazonas um grande centro cultural e esportivo, um centro de eventos que foi prometido por muitos e entregue por ninguém. Será onde você vai ter espaço para os ciclistas, para aqueles que querem correr; e o atleta amapaense deve ser patrocinado. Eu entendo que esporte e cultura devem ser levados a sério, e isto inclui os galpões do samba que estão abandonados pela Prefeitura e Governo do Estado e deveriam se transformar em centros esportivos com diversas atividades, todo tipo de atletismo, futebol, vôlei, basquete. Nossos jovens estão precisando disso.

Diário – Como a sua gestão vai incentivar a qualificação e geração de emprego para jovens?
Guaracy – Sou a favor do ensino empreendedor desde os primeiros anos que alguém entra na escola, ainda criança. O ensino vocacional é muito importante, já é aplicado em vários países do mundo e em algumas capitais brasileiras, a pergunta é: o que vou fazer no meu futuro? Macapá é uma cidade rica, de frente para o rio Amazonas, temos a oportunidade de fazer o maior parque logístico da América Latina e fazer ser uma cidade onde acontece o emprego. Uma atividade portuária com parque logístico aqui traria, de cara, 10 mil empregos. Estamos perto da Europa, do canal do Panamá, é chamar os industriais e dizer “venha e se instale”, simplificar, reduzir a carga tributária. Eu vou fazer a maior redução histórica de carga tributária para que essa cidade tenha empreendedor legalizado e fazer com que os comerciantes possam não simplesmente se instalar, mas serem donos do próprio negócio.

Diário – Quais suas propostas para o pequeno agricultor?
Guaracy – O pequeno agricultor precisa ter sua terra legalizada, regularização fundiária é um compromisso nosso. Pra quê? Para que ele possa produzir mais, financiar a produção. Hoje, em Macapá, 98% daquilo que nós consumimos vem de fora. Então, se tudo que eu compro vem de fora, o que acontece? O estado empobrece. Primeiro nós temos que fazer o agricultor ter acesso a isso e fazer políticas para que gere desenvolvimento. Sem produção não existe riqueza. Não temos nem produção de ovos em Macapá, vou repetir: os ovos são de fora, o frango vem de fora. Então, temos que investir em políticas, e eu vou criar o centro tecnológico agrícola. Eu acredito no agronegócio, a gente sabe que um emprego no campo gera outros nove na cidade.

Diário – Seu plano de governo tem políticas públicas para a comunidade LGBTQIA+?
Guaracy – Nossa proposta é tratar todo cidadão como igual. Toda discriminação eu entendo como absurda, e também entendo que quando você cita lésbicas, gays e travestis, você tem que respeitar pela sua opção. Agora, eu me coloco de forma clara: sou contra todo ensino de ideologia de gênero, contra a promoção daquilo que vai contra os princípios cristãos. A minha vida sempre foi pautada através de um livro muito importante, que é a bíblia, e vou repetir que acho toda discriminação absurda, tenho amigos homossexuais e os respeito. Mas, normalmente, muito daquilo que se chama política LGBT tem sido agressivo à família. Muitas vezes, vejo em praças exposições que vão contra os princípios cristãos, crianças sendo erotizadas. E quero deixar isso de maneira muito clara, para que essa pergunta não seja uma pegadinha: o respeito é necessário com todo cidadão, independente da opção sexual. As pessoas têm que ser tratadas de maneira igual, com respeito, mas nada em especial a esse grupo.


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