Política

“Um povo sem identidade cultural é um povo sem história”, diz Cristina Almeida sobre PL da gengibirra

Projeto segue para sanção do governador Waldez Góes. Cristina justifica que a bebida é uma identidade do Marabaixo. “Um povo sem identidade é um povo sem história”.


Elden Carlos e Douglas Lima – Da Redação

 

Autora do Projeto de Lei (PL) nº 0128/2019, que declara a gengibirra Patrimônio Cultural Imaterial do Amapá, a deputada estadual Cristina Almeida (PSB) falou sobre a iniciativa aprovada em plenário nessa quarta-feira (13), pela Assembleia Legislativa do Amapá, por maioria, tendo o deputado e jurista Paulo Lemos (PSOL) como relator.

Cristina disse que apesar da divisão de opiniões e da polêmica a respeito do projeto de lei, ela se sente feliz pela aprovação legislativa na expectativa de que venha haver sanção governamental.

A deputada falou no programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9), acompanhada da marabaixeira Elísia Congó, que em sua fala, em defesa do projeto de lei, pontuou que “o Marabaixo e a gengibirra andam juntos”. Uma forma de lembrar que o Marabaixo foi guindado à condição de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

O título de patrimônio nacional foi concedido pelo Conselho Consultivo do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), no dia 8 de novembro de 2018, durante reunião no Museu Histórico do Pará, em Belém.

Cristina Almeida, em defesa de seu trabalho, disse que a gengibirra trata de saberes, culturas, habilidades, crenças e práticas do modo de ser das pessoas com quem começou a prática da Dança do Marabaixo.

“A gengibirra, quando as pessoas amanheciam dançando o Marabaixo, veio com poder de cura, tomada por conta de aguentar cantar sem microfone, dançar, bater a caixa, portanto, fazendo história”, defendeu a parlamentar.

A deputada também acrescentou: “A gengibirra é fundamental para a memória, a identidade e a manutenção de um povo, que somos nós. Então, sem ela nós perdemos a identidade com os nossos antepassados, com a nossa história”.

Cristina ainda revelou que para a apresentação do projeto de lei na Assembleia Legislativa, houve toda uma discussão durante o ano de 2018, e que agora em 2019, no Dia Estadual do Marabaixo, o projeto foi fechado, de acordo com a Constituição do Estado do Amapá, ao cabo de discussão com a presença de professores da Unifap e do Ipham, bem como de grupos marabaixeiros.

“A construção desse projeto foi proposta pelas comunidades marabaixeiras do Amapá. Eles empunharam essa bandeira e nós abraçamos a causa por entender que um povo sem identidade é um povo sem história”, concluiu.


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