Bolsonaro conversa com governadores, mas não leva propostas em conta, diz Waldez
Governador do Amapá fala no programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9)
Douglas Lima
Da Redação
O governador Waldez Góes deixou claro, no programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9), na manhã desta quarta-feira, 22, que o presidente Jair Bolsonaro conversa com os governadores, mas nunca cumpre as demandas tratadas, preferindo tomar, sobre elas, decisões unilaterais.
“Na política tem que haver diálogo permanente, e isso acontece entre os governadores e o presidente Bolsonaro, mas as decisões tomadas nessas conversas não são aplicadas, porque o governo federal acaba fazendo o que quer”, disse o governador na entrevista.
Justificando a sua fala, Waldez lembrou que sobre o Plano de Recuperação Fiscal os 27 governadores brasileiros apresentaram as prioridades estaduais em reunião com Bolsonaro na residência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, porém no dia seguinte o PRF foi entregue ao Congresso Nacional sem levar em conta as propostas estaduais.
O gestor amapaense também lembrou que até março os governadores do país se reuniram cinco vezes com a União, o Congresso Nacional e a Justiça, sem contar as dos eventos dos blocos regionais. Segundo ele, em cada uma dessas ocasiões houve discussão de propostas que acabaram não sendo consideradas por Jair Bolsonaro.
Waldez Góes afirmou que justamente por causa da desatenção do governo Bolsonaro com as administrações estaduais ele resolveu assinar a carta de alguns governadores pedindo a revogação do decreto sobre uso de armas pela população.
O governante amapaense, ainda na entrevista, achou importante e providencial a recente visita ao Amapá do presidente do STF, Dias Toffoli, considerando que o estado tem procurado no Poder Judiciário respostas não dadas pelo Poder executivo nacional.
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