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População de Mazagão discute concessão florestal

Pelo menos 87% do Lote 1 da Flota estão concentrados no Município


O agricultor José Ferreira, de 62 anos, da Comunidade Pancada do Camaipi, foi o primeiro participante a chegar na audiência pública realizada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) neste sábado, 03, na Escola Estadual Dom Pedro I, no município de Mazagão, distante 102 km, da capital Macapá. Ferreira integrou as discussões junto com os outros moradores que tiveram oportunidade de esclarecer dúvidas e conhecer os benefícios ambientais, sociais e econômicos para região, que a concessão florestal pode trazer.

Mazagão é o sexto maior município do Amapá e conta com cerca de 20 mil habitantes e mais de vinte comunidades e localidades. Pelo menos 87% do Lote 1 da Floresta Estadual do Amapá (Flota/Ap) está localizado no município. O restante é dividido entre Porto Grande e Pedra Branca do Amapari.

José Ferreira, assim como a grande maioria dos moradores da sua localidade, tem a castanha como fonte de sobrevivência, além do açaí, pesca e agricultura, e moram a mais de trinta anos no local. Sobre o processo de concessão florestal, o agricultor é categórico: “A floresta do Amapá é a redenção e salvação do nosso Estado”.

De forma didática e dinâmica técnicos do IEF, Euriandro Ribeiro e Raphael Santana, apresentaram o edital e pontuaram todo processo de concessão. O diretor do IEF, Marcos Tenório, finalizou as apresentações com o levantamento do mapeamento da Flota. “Incluir e aproximar a população das decisões do Governo do Amapá é o principal objetivo das audiências e de todo trabalho realizado. Por isso, queremos ter todo entendimento das atividades que cada morador desenvolve e a forma que ele estará inserido”, explicou Tenório.

Após as apresentações foi aberta a rodada de questionamentos da população. Limites da área de concessão, benefícios aos moradores, geração de emprego e renda, perdas e ganhos foram os principais questionamentos, prontamente respondidos pela equipe de governo.

A audiência pública integrou além da sociedade civil, representantes da Associação Agroextrativista do Baixo Mazagão, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Programa Terra Legal, Procuradoria Geral do Estado, Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá, Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Secretaria de Desenvolvimento Rural.


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