Polícia

Pastor acusado de homicídio tem HC negado pela Justiça do Amapá

Jackson Nepomuceno, de 38 anos, é acusado de ter assassinado em 1999 a jovem Elizeuda Freitas. Vítima foi encontrada morta em um apartamento com 27 facadas


Elden Carlos

Editoria de Polícia

 A Justiça do Amapá negou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do pastor evangélico Jackson Rodrigues Nepomuceno, de 38 anos de idade, que aguarda julgamento no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) desde agosto do ano passado, quando ele foi preso na cidade de Tianguá (CE) e recambiado ao Amapá.

O pastor é apontado pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP) como autor do assassinato da jovem Elizeuda Freitas da Silva, morta em 28 de março de 1999 com 27 facadas no interior do apartamento onde ela morava, na rua Tiradentes, Centro de Macapá.

Inicialmente as suspeitas eram de que um professor – vizinho de Elizeuda – fosse o criminoso. O homem chegou a ficar quatro anos na cadeia, foi julgado e inocentado em 2012. De acordo com a denúncia, Nepomuceno foi a última pessoa a ser vista com a vítima na madrugada do crime. Na manhã seguinte, o pastor teria procurado o Hospital de Emergências de Macapá (HEM) com um ferimento na mão provocado por faca. Aos atendentes ele teria declarado que havia sofrido um acidente ao descascar um coco. Já em depoimento, Nepomuceno disse, segundo o MP, que foi agredido por um companheiro de Elizeuda, e que o corte teria sido provocado quando ele tentava se defender.

Em seguida, o pastar pediu demissão do hotel onde trabalhava como recepcionista. Há época ele alegou que precisava viajar para o Maranhão para cuidar do pai. Em 2002 ele chegou a ser preso preventivamente, mas acabou liberto. Durante o processo ele falou sobre o caso apenas uma única vez. Desde então, se mantém em silêncio.

A promotora Andrea Guedes, que ofertou a denúncia, afirma que os indícios contra o pastor são concretos, e que ele deixou ‘rastros’ que mostram o envolvimento direto dele no assassinato. Já a defesa alega que o pastor nada tem a ver com o crime.

Com a manutenção da prisão, caberá agora à justiça marcar a data do julgamento para o Tribunal do Júri de Macapá. Desde que foi embora do Amapá, o pastor constituiu família em Tianguá, onde é casado com uma pastora evangélica e pai de um casal de crianças.


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