Wellington Silva

Uma anistia muito além do absurdo

 

Já dizia meu saudoso pai, Professor João Lourenço da Silva, que “uma cousa é uma cousa e outra coisa é outra coisa”.

Não tem como você comparar a anistia concedida a exilados políticos em 1.979 com a absurda tentativa atual de concessão de anistia a um bando de malucos fanáticos!

Logo eles, que quase destruíram o Congresso Nacional, o prédio do STF e o Palácio do Planalto, navegando numa louca onda de golpe de estado!

 

Próximo da Anistia completar 45 anos, os anistiados de 1.979 pelo presidente João Figueiredo simplesmente lutaram contra um estado eminentemente “absolutista” onde as liberdades individuais e coletivas foram castradas, a produção cultural e a imprensa foram rigorosamente policiadas ou por vezes censuradas e a atividade sindical praticamente inexistia. O Congresso Nacional foi praticamente silenciado, amordaçado, e a Justiça servia apenas para atender interesses do poder centralizador, entenda-se, a chamada “Junta Militar”. Esse duro regime se deu a partir de 1.964 em nosso “país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza”, “pra frente Brasil”!

 

Com a chamada Abertura Democrática vem a Anistia a presos e exilados políticos e logo depois ocorre o Movimento Diretas Já, entre maio de 1.983 a 1.984, conclamando populares, artistas, políticos e intelectuais a pedirem eleições livres e diretas para presidente.

 

Contando com a participação de diversos artistas, intelectuais e políticos de renome tais como Milton Nascimento, Fafá de Belém, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Brizola, Teotônio Vilela, José Sarney, Lula, Fernando Henrique Cardoso, Miguel Arraes, e tantos outros, o Movimento acaba culminando na promulgação da nossa histórica Constituição Cidadã, em 1.988.

 

 

Mas, a pergunta que não quer calar é:

Como historicamente comparar os anistiados de 1.979 com um bando de malucos fanáticos, vândalos predadores destruidores do patrimônio histórico nacional e mundial, o Congresso Nacional, o prédio do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto?

Não senhores, tempo passará, eu “passarinho”, e todo este rico patrimônio histórico continuará lá em Brasília, perene, para as próximas gerações…

Os anistiados de 1.979 lutavam no Brasil contra um regime centralizador absolutista e defendiam o restabelecimento do estado democrático de direito com eleições livres e diretas e ainda eram chamados de agitadores e subversivos!

Os de hoje, lamentavelmente e tristemente não só defendem o golpe de estado como também quase destruíram as instalações da sede do parlamento brasileiro, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, fatos gravíssimos legalmente considerados como crime não só no Brasil como em qualquer outra nação livre.

Quem são hoje, na verdade, os verdadeiros agitadores do terrorismo político doméstico tupiniquim?

 

 

Essequibo

 

Ultimamente, muito se fala da questão de Essequibo, território pertencente a vizinha Guiana que a Venezuela agora quer por que quer anexar como seu território, entenda-se, o Senhor Nicolás Maduro.

Fôssemos racionar como o Senhor Maduro para questionar o inquestionável e o que é muito pior, tentar colocar no lixo tratados, laudos e acordos internacionais, o mundo com toda certeza iria à loucura!

E então, seria uma confusão dos diabos com tudo, com todos e entre todos!

Já imaginaram Portugal desejar que o Brasil volte a ser seu território ultramarino ou a França questionar o Laudo Suíço?

Que tal esta outra:

A Inglaterra questionar a independência dos Estados Unidos da América?

Não meus camaradas, loucura perde!

Bendito Sócrates, o Sábio Confúcio e Jean Jacques-Rousseau que em sua época pensaram e discutiram o estado, regras de conduta, a ética moral e legal, as leis, o parlamento e a justiça…

Em 1.814 a Grã-Bretanha toma posse dos territórios coloniais neerlandeses de Demerara, Berbice e Essequibo, uma área com abrangência de cerca de 51.700 quilômetros quadrados. Em 1.831, esta rica região passa a se chamar Guiana Britânica. Daí em diante o império britânico estabelece colonos em terras situadas a oeste do rio Essequibo. É neste momento que a Venezuela começa a ganhar corpo como organização institucional.

Nesta época, como grande potência hegemônica do século XIX a Grã-Bretanha já gozava de significativo respaldo internacional e militar com sua política colonial expansionista.

Em 1.834, Robert Hermann Schomb Daíurgk define uma linha fronteiriça entre a Venezuela e a Guiana Britânica, desde o rio Moruca até o Essequibo, com uma extensão de 4.200 km². Esta linha ficou historicamente conhecida como a “Linha de Schomburgk”.

Em fevereiro de 1.897 Venezuela e Reino Unido firmam o Tratado de Washington para resolver de vez as questões fronteiriças através de uma arbitragem internacional. O histórico Laudo de Paris, estabelecido em 1.899, dá ganho de causa favorável à Grã-Bretanha.

A área territorial da colônia britânica, a Guiana Britânica, tem como limite ocidental o rio Essequibo, cartografado politicamente a seu favor em 1.838.

Diante dos fatos históricos, documentos, acordos, tratados, laudos, cartografia, questionar o que Senhor Maduro?

 

**********************************************************************************************************

 

 

 

Museu Histórico do Amapá Joaquim Caetano da Silva

 

Estive recentemente visitando o nosso histórico Museu do Amapá Joaquim Caetano da Silva. E lá estava a indumentária de Cabralzinho, o herói do Amapá, sua espada, a bandeira do Triunvirato e a bandeira francesa que Cabralzinho tomou de Lunier.

 

A gente volta no tempo e ainda vejo aquele “moleque” de olhos arregalados, admirado de tudo! Era eu, acompanhado de papai, Professor João Lourenço da Silva…

 

Mas, qual a importância do espaço físico do museu, para nós, amapaenses?

 

Sua importância é grandiosa, porque ele é nada mais e nada menos do que o grande guardião de nosso patrimônio arqueológico, antropológico, memória, patrimônio histórico. Em seu espaço interior estão expostos vasos e urnas funerárias e utensílios domésticos das civilizações maracá e cunani, uma das primeiras a habitar esta região setentrional brasileira, banhada pelo rio Amazonas e cortada pela linha imaginária do Equador. São preciosidades arqueológicas que determinam uma época, isto é, o “modus vivendi” de uma cultura ancestral e todo seu legado de ritos, costumes e tradições.

 

As pesquisas arqueológicas no Amapá tiveram início na segunda metade do século XIX. Foi justamente nesta época pioneira que surgiram os trabalhos de Ferreira Pena, Lima Guedes e Emílio Goeldi, descobridor das belas peças do poço Cunani, encontrado em 1895.

O visitante pode também notar objetos pessoais do herói do Amapá, Francisco Xavier da Veiga Cabral, o Cabralzinho, tais como sua espada e uniforme, bem como o histórico do governo do Triunvirato e todo o drama do massacre perpetrado por tropas invasoras da França em solo brasileiro, tudo por pura cobiça do ouro do Calçoene.

 

Há também fotos, histórico e documentos raros da época do primeiro governador do Amapá, Janary Gentil Nunes, nomeado em 1943 para governar a insulada região, bem como documentos impressos, manuscritos e moedas raras.

 

E quem foi Joaquim Caetano da Silva?

 

Um notável pesquisador e geógrafo, autor da obra L’Oyapoc et L’Amazone, lançada em 1861, obra considerada de importância estratégica vital para as teses argumentativas do grande jurista, Barão do Rio Branco, advogado vitorioso na defesa territorial do Brasil no histórico Laudo Suíço, em 1.900. Os restos mortais do geógrafo, historiador e diplomata Joaquim Caetano da Silva encontra-se numa urna funerária, parte integrante da memória do museu.

 

O Museu Histórico do Amapá, Joaquim Caetano da Silva, foi criado através do Decreto nº 112, datado do dia 16 de novembro de 1990, ficando definido como sua sede o prédio secular da antiga Intendência de Macapá.

 

************************************************************************************

 

 

Gaza, Lula, e a bestialidade dos bombardeios israelenses

 

Atualmente, a imagem do estado de Israel perante a imprensa internacional e a comunidade internacional tem sido a pior possível!

 

E quando falo do estado de Israel, me refiro ao presidente Benjamin Netanyahu, seu governo, comandantes militares, sua força aérea e seu exército, pois historicamente o povo judeu sempre foi um povo sofrido, muito fraterno entre si, afável e acolhedor!

 

Mas nem os judeus mais tradicionais ou ortodoxos olham com bons olhos sua Excelência o Sr. “Benjamin”, e muito menos, os mais moderados, ou progressistas, defensores de um estado palestino como solução lógica para o fim de um conflito que já dura décadas!

 

Sem dúvida alguma, nestes últimos anos a imagem do governo israelense tem sido péssima!

 

Motivo:

Além de Netanyahu ter sido envolvido em processos de corrupção, pesa sobremaneira sobre ele, seus comandantes, força aérea e exército, a morte brutal de milhares de civis palestinos inocentes, crianças, mulheres e idosos. Em Gaza, por onde se olha, é sangue espalhado, cheiro de cadáveres, corpos em decomposição, pedaços de restos humanos, corpos queimados, pessoas gritando sem pernas ou braços…

 

Estes, senhoras e senhores, são os relatos diários dos sobreviventes em Gaza, muitos vítimas da bestialidade dos bombardeios da força aérea israelense, um bombardeio que quase sempre visa em seu objetivo atingir um ou dois líderes terroristas do Hamas.

 

A grande dívida que Netanyahu, seus comandantes, força aérea e exército terão de pagar perante a justiça do Deus de Israel ou Supremo Arquiteto do Universo, ou Alá, como queiram denominar, por tantas vidas inocentes perdidas, só o tempo e o Firmamento dirão…

 

Como as bombas não tem sentimentos e são máquinas de destruição enviadas pela bestialidade da ação humana elas impiedosamente são caos e morte dentro de seu raio de ação!

 

Creio, com toda certeza, que estes relatos, com imagens tão brutais, devem ter chegado ao presidente Lula, fatos que naturalmente devem ter lhe gerado uma profunda indignação e revolta interior como ocorreu a mim e a muitos no mundo, inclusive com autoridades e funcionários da ONU.

 

Mas, porque estrategicamente a força aérea de Israel despeja tantas bombas sobre Gaza sem muito se importar com danos à população civil?

 

A resposta, para qualquer pesquisador, está muito clara:

Israel parece querer evitar ao máximo que seus soldados tenham contato direto com terroristas por causa das emboscadas. E então senhores, isto não é guerra e não é uma guerra convencional entre infantarias, luta de blindados, briga entre caças no ar ou entre destroieres e corvetas no mar. É pura covardia, inicialmente do Hamas, com o seu ato terrorista, e agora, das bestiais bombas de Israel!

 

Em 1.943, em plena Segunda Guerra Mundial, houve um acordo de cavalheiros entre o Vaticano e os Aliados para que os bombardeiros americanos B-17 respeitassem a população civil em Roma e evitassem o uso de bombas próximo a área do Vaticano muito embora a inteligência Aliada soubesse que alguns nazistas ali se abrigavam. E assim foi feito!

 

Um pouco antes, em outubro de 1.942, na batalha de El Alamein, em Alexandria, no Egito, ocorreu uma grande luta de tanques. De um lado o marechal Rommel, do exército nazista alemão, e de outro o general Montgomery, do VIII Exército britânico. Houve um acordo de cavalheiros entre ambos para evitar lutas e muito menos disparos de artilharia ou de tanques próximos às pirâmides e as demais obras históricas do Egito antigo.  E assim foi feito!

 

Nos parece, sinceramente, que os “senhores da guerra” em Gaza perderam o respeito e a compaixão por vidas inocentes e se tornaram monstros para alcançar seus objetivos!

 

 

Parceria providencial

 

 

A grande força da maré do rio Amazonas veio esta semana com tamanha violência que chegou a derrubar e varrer casas localizadas na orla marítima do Aturiá como se fossem feitas de papel, logo, gerando inundação nas vias de acesso.

De repente, o caos se fez presente, produto final da insensatez humana em anualmente agredir o meio ambiente sem medir suas consequências.

Para os cientistas é evidente que as respostas brutais da Mãe Natureza com o dito “mundo civilizado” nada mais são do que seguidos resultados de anos de nefasta orquestração dos agentes poluidores do ar, dos rios, mares e oceanos, além das inconsequentes queimadas das florestas, derrubadas de árvores e garimpo ilegal e predador.

Preocupados com a grave situação dos moradores do bairro do Aturiá e demais áreas eles vieram o mais rápido possível para avaliar os cenários e tomar todas as providencias emergenciais possíveis:

Ministro Waldez Góes, governador Clécio Luís, senadores Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre e demais membros da bancada amapaense. Muitíssimo legal isso, sem confetes e serpentinas, justamente a de integrar todas as forças políticas e administrativas necessárias não só para socorrer de imediato as vítimas como também para buscar e determinar soluções técnicas de engenharia a fim de impedir a destruição de mais casas e o desabrigo de mais famílias.

O mais legal disso tudo é a gente tomar conhecimento de que as famílias residentes naquelas áreas críticas, em séria situação de vulnerabilidade social, moradores dos bairros Araxá e Aturiá, em breve serão remanejados e alojados dentro do conjunto habitacional Vila das Oliveiras, localizado no bairro das Pedrinhas, obra que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, do governo Lula, onde já estão sendo finalizadas 512 unidades habitacionais.

Todos os moradores em situação de vulnerabilidade social receberão o Bolsa Família sendo que os mesmos já estão tendo acompanhamento do governo estadual.

No momento a discussão técnica gira em torno das alternativas de engenharia para ampliação da construção do muro de arrimo, forma técnica possível para conter o assoreamento do solo após os fortes impactos da força das marés.

Que Deus abençoe estas famílias!

Assim seja!

 

 

OVNI’s e demônios

 

Um novo e hilário documentário americano intitulado “God Versus UFOs” (Deus Versus OVNIs) deixa evidente o posicionamento de alguns governantes dos Estados Unidos da América e do Reino Unido sobre o velho fenômeno OVNI:

“São objetos e seres demoníacos, de origem satânica!”

O mais absurdo de tudo, para não dizer tragicômico, é a gente ver e ouvir opinião tão tola e medíocre da parte de pessoas que se intitulam os mais desenvolvidos da face da terra.

O dito documentário debate cenários e situações diversas de supostos encontros extraterrestres e chega a promover a alegação de que vários políticos britânicos e norte-americanos acreditam piamente na origem satânica dos OVNI’s.

O pesquisador Nick Pope, que trabalhou no departamento sobre OVNI’s do Ministério da Defesa do Reino Unido, afirma:

“Então, por mais bizarro que possa parecer para alguns, por exemplo, há uma facção interna, especialmente no governo dos EUA, mas também observei no Reino Unido, que acredita que OVNI’s são demoníacos. E eles tiram isso, em grande parte, de um trecho da Bíblia, no livro de Efésios, que descreve Satanás como “o príncipe do poder do ar”. E essa facção, influenciada por essa perspectiva e possivelmente por outros elementos, convenceu a si mesma de que isso ou parte disso pode ser demoníaco, e, portanto, dizem que você não deve se envolver, não deve estudar, porque isso fortalece tal entidade”.

Não é de hoje que se observa diversas tentativas burras ou intencionais, ou ambas, em tentar encobrir com nuvens de fumaça os velhos fenômenos OVNI’s.

Não tem como, para quem pesquisa o assunto!

Os registros históricos estão em toda parte do planeta terra!

Você pode encontrar na escrita suméria (escrita cuneiforme/pictogramas), nos hieróglifos egípcios, nos hieróglifos maias e nos escritos pictográficos e ideográficos astecas, por exemplo, apenas como começo de pesquisa. Todos fazem referências ao celeste e ao espacial e a seres celestiais vindos do espaço para compartilhar ciência, astronomia, astrofísica, os mistérios do cosmos, do espaço, e os mistérios da gnose…

Eles, em suas incríveis e velozes naves espaciais, sempre aparecem e desaparecem como querem, num piscar de olhos, desafiando completamente a física, a ciência terrena e a compreensão humana.

Realmente, de muito já me convenci que desde a Idade Antiga nunca estivemos sós no espaço!

Sempre fomos visitados e observados por seres inteligentes muito superiores a nós!

Fossem realmente demônios, como prega a “linda – mente” gringa, a raça humana já estaria exterminada ou no mínimo escravizada, desde a Idade Antiga!

Será que os milhões e milhares de pessoas que de alguma forma tiveram contatos de primeiro, segundo ou terceiro grau com OVNI’s também são pessoas alucinadas “endemoniadas”?

Isso é demais para meus neurônios, assim como aquele filme tolo intitulado Battleship onde a Terra é invadida por forças invasoras alienígenas e daí surgem os “poderosos” destróieres” americanos USS John Paul Jones e o Sampson e põe pra “arrochar” em cima dos aliens!

Pura bobagem, para quem é alienado!

E tem também Extinção, mais uma apelação para o terror!

Eles, lá de cima, devem dar risadas…

 

 

***************************************************************************************************

Macapá, de estabelecimento militar a capital estadual

 

É somente no século XVIII que o império português assegura o controle efetivo das terras amapaenses, fixando na área um destacamento militar. Em 1.748 D. João V denomina a nossa região de Província dos Tucujus ou Tucujulândia sem que a mesma tivesse uma emancipação política. Era apenas uma área com delimitação geográfica para estabelecimento militar de defesa. No dia 29 de julho de 1.750 é realizado o lançamento da pedra fundamental da Fortaleza de São José de Macapá.

 

Em 1.758, Mendonça Furtado, governador do Grão-Pará, chega à localidade com a finalidade de definir fronteiras de acordo como ficou determinado no tratado de Madri. A área militarizada é elevada a condição de Vila de São José de Macapá. A 06 de setembro de 1.856 a Vila de São José de Macapá passa a categoria de cidade através da Lei Provincial nº 261, resolução assinada pelo governador do Pará, tenente-coronel Henrique Beaurapaire Rohan. Em 1.943, em plena Segunda Guerra Mundial, por um imperativo de segurança nacional, o Conselho de Segurança Nacional sugere ao Presidente da República Federativa do Brasil, Getúlio Vargas, que seja criado o Território Federal do Amapá por se tratar de estratégica região de fronteira, ponto Norte Setentrional do Brasil.

 

No dia 13 de setembro de 1.943, através do Decreto-Lei nº 5.812, Getúlio Vargas cria o Território Federal do Amapá acatando sugestão do Conselho de Segurança Nacional. Seu primeiro governador, nomeado por Getúlio Vargas, foi Janary Gentil Nunes. Inicialmente, a capital era a cidade de Amapá. Em função das dificuldades de acesso e de comunicações a sede da capital foi transferida para Macapá através do Decreto-Lei nº 6.550, datado de 31 de maio de 1.944. Depois da Campanha Diretas Já, movimento político articulado por Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Leonel Brizola, Teotônio Vilela, artistas e intelectuais, surge, em 1.988, a Nova Carta Magna do Brasil denominada de Constituição Cidadã. É nesse histórico momento da vida nacional brasileira que o Amapá é elevado a condição de estado da federação, no dia 05 de outubro de 1.988. Foram deputados constituintes Annibal Barcellos, Raquel Capiberibe, Geovani Borges e Eraldo Trindade.

 

Entre o preto, o branco e o nativo

 

Lamentavelmente, tristemente e vergonhosamente, o mundo todo vem ultimamente assistindo terríveis cenas da inconsequência humana. É como se voltássemos a assistir aqueles filmes brutais, em preto e branco, mostrando a nua e crua realidade potencial da insensatez e do totalitarismo humano.

 

Falo do racismo, em todas as suas formas, tons, cores e nuances, inclusive o também deplorável racismo inverso!

 

Afinal de contas, o que somos e o que estamos fazendo no mundo e para o mundo às futuras gerações?

 

Separatismo tribal!? Estigmatismo!? Agressão ao livre pensamento assim como às livres manifestações culturais!? Estimulo à segregação racial e social!? Amplificações imbecis e idiotas de ridículas rotulações sociais!? Mordaças ao potencial criativo humano!?

 

Creio e acredito imensamente que Deus, Alá, Jeovah, Javeh, Buda, Divino Mestre, Cristo, Jesus, Oxalá, Profeta Maomé, Supremo Arquiteto do Universo, etc…, como queiram denominar o Sagrado, os profetas, os Mensageiros de Luz, apenas observam atentamente o estado evolutivo de cada um de nós e assistem a selvageria dos discursos de ódio e as práticas racistas inflamadas pela ignorância da brutalidade incontida.

 

Assim como na teórica lei dos homens, que diz que “todos somos iguais perante a lei”, lá, no Plano Superior, verdadeiramente as Grandes Luzes da Sabedoria se tratam como iguais.

 

Se, como diz o nosso querido e genial Zé Ramalho, “todos os caminhos, me levaram a você, oh! Luz da Excelência”, porque então agredir verbalmente ou com notória violência os espaços de culto ao Sagrado, principalmente contra umbandistas e candomblecistas, espíritas, maçons, se todos os espaços de culto ritualístico essencialmente são espaços de culto ao Supremo Criador de tudo e de todos, a Fonte Fecunda de Luz, de Felicidade e de Virtude?

 

Não temos o direito de criticar e muito menos de condenar aquilo que desconhecemos quando não sabemos sequer o que é, quer seja por definição, conceito, uma razoável e realista explicação!

 

Abordar academicamente sobre qualquer cultura, principalmente afrodescendente ou ameríndia, obviamente exige pesquisa. Agora, vociferar bobagens absurdas, com claras conotações racistas, fascistas e preconceituosas é para uma boba plateia de tolos desinformados.

 

Não tem, historicamente, como negar que somos produtos genéticos de diversas culturas!

 

E porque digo isto?

 

Evidentemente, todas as culturas, tribos, quer sejam nativos, guaranis, tupis, pataxós, yanomamis, waiãpis, karipunas, portugueses e toda a nossa rica ancestralidade advinda da Mãe África povoaram e continuarão a povoar de geração a geração o nosso rico e imenso espaço territorial chamado Brasil.

 

E por ser assim o português se encantou com a bela nativa guarani e o fazendeiro com a belíssima negra de curvas suntuosas…

 

E então, apaixonaram-se, casaram e tiveram filhos e estes outros e mais outros filhos…

 

Quando vamos aprender que dependemos um do outro, neste mundo, para vivermos bem e em paz independentemente de nacionalidade, cultura, cor ou raça, credo e condição social?

 

Digo e repito novamente que Deus e o Plano Superior observam apenas a mente e o coração das pessoas, e nada mais…

 

Necessidades elementares para a defesa da Amazônia

 

A absurda situação de violenta agressão que o povo Yanomami vem ultimamente sofrendo, desde o ano passado, de parte da atividade predadora do garimpo clandestino, revela ou desnuda, de um lado, o descaso da área militar, e de outro, a total falta de ação ou de planejamento estratégico, somada a falta de recursos e de apoio logístico ao Ibama, Funai e Casai, órgãos encarregados de prestar serviços de proteção e de apoio a saúde as comunidades indígenas na chamada Amazônia Legal.

 

De acordo com o apurado pela imprensa regional e nacional a situação atual dos Yanomamis deixa transparecer um velado acordo de leniência ou de conveniência política com a atividade predadora ilegal do garimpo.

 

Claramente nos parece que o céu não é o limite para a lucratividade às custas da desgraça do meio ambiente e da comunidade indígena.

 

Com as presenças do presidente Lula e de Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente, por vezes parece que as coisas andam um pouco para depois emperrarem ou travarem novamente quando se trata de uma efetiva ação militar no espaço aéreo ou em terras indígenas no estado de Roraima. E aí meu camarada, neste triste andor, nossa defesa vai pro brejo, indo também, invariavelmente, as nossas riquezas, o ouro, e muito pior, o urânio, mineral estratégico utilizado para fabricação de bombas.

 

 

Penso, com toda certeza, que diante de tanta tragédia absurda ocorrida em solo Yanomami nada custaria à boa diplomacia brasileira solicitar apoio dos Estados Unidos da América ou de outros países ricos para que realizem a doação de aeronaves tipo o excelente avião de pouso vertical V-22 Osprey, da Boeing, aeronave multifunção, de longo alcance, de pouso e decolagem vertical, em curto terreno. Sua excelente capacidade de deslocamento e de carga, na minha avaliação pessoal, é muito mais capaz de suprir urgentes necessidades de ajuda humanitária e de defesa do que um helicóptero convencional. Ele é capaz de levar 24 pessoas sentadas ou 32 no piso, além de 1 veículo de transporte. Possui uma velocidade máxima de 565 km/h e uma velocidade de cruzeiro de 446 km/h. Pode atingir um teto máximo de 7.620 metros. Pode ser armado com canhões M 240, uma M2 Browing ponto 50, e GAU-17 Minigum.

 

Se os Estados Unidos da América e demais países ricos apoiam a Ucrânia e Israel com unidades de defesa porque não apoiarem a defesa da Amazônia, mundialmente classificada como o pulmão do mundo?

 

Além do Osprey, outra excelente aeronave que já comprovou sua eficácia na Amazônia e conquistou lugar de destaque na história da aviação é o helicóptero militar americano multiuso Black Hawk (falcão negro), tornando-se um dos mais produzidos de todos os tempos. Sua incrível capacidade para se adaptar a uma ampla variedade de missões o transformaram em uma ferramenta fundamental em operações militares e de socorro.

 

Já imaginaram estas aeronaves em boas mãos do grupo de elite de fiscalização do Ibama ou em atividades humanitárias e de saúde na Amazônia?

 

O Amapá, como região estratégica de fronteira, não possui uma aeronave militar de defesa, dirá uma esquadrilha de caças Tucano ou de vigilância aérea permanente para terra, mar e ar.

 

Os mais antigos devem ter saudades do bravo guerreiro hidroavião Catalina, de fabricação americana, que tantos bons serviços prestou às diversas comunidades amazônicas levando assistência e saúde às regiões mais distantes. Quantas vidas não foram salvas pelos aviões Catalina?

 

Muito mais do que velhos discursos “patriotas” é fundamental, hoje, repensar a defesa da Amazônia através de parcerias focadas em ações imediatas e efetivas para que a nossa tão rica e imensa região não vire uma terra sem lei sob domínio de aventureiros predadores.

 

 

Reflexões sobre o 08 de janeiro

 

Mais do que nunca é preciso que os arautos e simpatizantes dos atos terroristas praticados no dia 08 de janeiro tenham a plena consciência de que o Brasil não é e nunca mais será uma terra sem lei vocacionada a ditadura!

 

Criticar Lula ou quem quer que seja é perfeitamente normal dentro de nosso regime democrático! Agora, incitar e reiteradas vezes planejar e tentar executar golpe de estado é considerado crime federal grave passível de inquérito policial e prisão, ação decorrente não só no Brasil como em qualquer país membro da Organização das Nações Unidas, como o ocorrido nos Estados Unidos da América.

 

As investigações, perícias, inquéritos policiais e CPI já comprovaram por demais o evidente envolvimento de grupos radicais bolsonaristas tanto nas atividades de planejamento como de execução do quebra-quebra realizado nas dependências internas e externas do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. O “agente laranja” do fracassado atentado a bomba – Graças a Deus – no Aeroporto Internacional de Brasília que o diga, visto e registrado que foi pelas câmeras do Congresso Nacional, dias antes visitando gabinetes de parlamentares bolsonaristas.

 

As evidências das provas são tantas e tão robustas que não tem mais como um “inocente útil” bolsonarista ainda afirmar que o ato do 08 de janeiro foi uma ação orquestrada por “infiltrados comunistas do PT!” É uma “potoca” absurda, uma aberração discursiva que não mais se sustenta diante da grandiosa evidência de provas materiais, documentais, imagens, depoimentos diversos, etc…

 

E ainda bem que no Brasil existem militares legalistas, constitucionalistas, defensores da democracia, do estado democrático de direito, do livre pensamento, da livre iniciativa, das liberdades individuais e coletivas…

 

Nunca devemos esquecer o nosso dever sagrado moral de defender os valores ou os pilares democráticos, a Constituição da República Federativa do Brasil, os poderes da República, respeitar o direito sagrado das livres manifestações culturais, a nossa identidade cultural e a individualidade de manifestação política de cada um, desde que tal manifestação jamais atente contra o estado democrático de direito.

 

Honremos a história de lutas de nossos antepassados que tanto lutaram para a consolidação da democracia no Brasil e no mundo:

Tiradentes, Gonçalves Ledo, José Bonifácio, D. Pedro I, Benjamin Constant, Deodoro da Fonseca, Castro Alves, Frei Caneca, Carlos Garibaldi, Jean-Jacques Rousseau, Voltaire, George Washington, Abraham Lincoln, Winston Churchil, e tantos outros, que lutaram e se sacrificaram contra a tirania, para que hoje vivêssemos sob o regime democrático!

 

PAZ NA TERRA AOS HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE!

 

Que assim seja, e assim deve ser!