Política

Ministra Fátima Pelaes anuncia lançamento do programa Rede Brasil Mulher Amapá

Programa, que vai ser desenvolvido em cinco eixos de atuação, tem como objetivo unificar ações de instituições públicas, privadas e a sociedade para garantir a dignidade, a autonomia e incentivar a participação das mulheres na política.


A ministra da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM) Fátima Pelaes anunciou com exclusividade na manhã desta sexta-feira no programa LuizMeloEntrevista o lançamento no próximo dia 6, do programa Rede Brasil Mulher Amapá. Ela explicou que o objetivo é unificar ações de instituições públicas, privadas e a sociedade para garantir a dignidade, a autonomia e incentivar a participação das mulheres na política, tratando-se de mais uma ferramenta para o enfrentamento à desigualdade de gênero e empoderamento.

 

Ex-deputada federal por cinco mandatos consecutivos, a amapaense afirmou que o programa, de iniciativa da SNPM, foi lançado em nível nacional no dia 6 de dezembro do ano passado, quando o presidente Michel Temer assinou o decreto de criação, vai integrar organizações da sociedade civil, órgãos do governo e empresas na implementação de ações que não apenas protejam como também garantam a participação efetiva das mulheres em todos os setores, em especial na política. Ela citou o exemplo do Amapá, que possui quase 50% das cadeiras ocupadas por mulheres.

 

Segundo ainda a ministra, o programa vai focar suas ações em cinco eixos: saúde, educação, enfrentamento à violência, espaços de poder e decisão e autonomia econômica, o que reforça e amplia os compromissos assumidos pelo Brasil com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5, que, conforme ressaltou, é “alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”.

 

De acordo com Fátima Pelaes, o programa é muito amplo e terá impactos profundos na vida das mulheres, tendo sido planejado pela SNPM com base em discussões feitas com os segmentos representativos das mulheres e será executado em cada estado por um comitê executivo composto por representantes do governo, da sociedade civil, Ministério Público, poder Judiciário, Defensoria Pública e de parlamentares.

 

A ministra enfatizou que o programa não pretende “desunir” homens e mulheres. “Pelo contrário, queremos fazer valer os nossos direitos de igualdade, porque homens e mulheres são iguais. O que pretendemos, sim, é garantir que as mulheres ocupem os seus espaços na política, na economia, enfim, em todos os setores produtivos. Inclusive agora em março estaremos fazendo um mutirão da saúde com o apoio de instituições públicas, privadas e entidades civis, porque nós não temos como foco só o combate à violência, mas todas as áreas da realidade humana. A constituição da Assembleia Legislativa do Amapá, com quase 50% de mulheres mostra que os homens do Amapá respeitam as mulheres, mas é preciso aprofundar e ampliar ainda mais esse trabalho, para que os todos possamos trabalhar por um mundo mais igual”, aditou.

 

Fórum Cláudia
Instada a falar sobre o convite que recebeu para participar do Fórum Cláudia, que acontece na próxima terça-feira (06) no complexo WTC, em São Paulo (SP), Fátima Pelaes confirmou a sua participação como palestrante na abertura: “É um evento muito grande, do qual participam mulheres empreendedoras, que neste ano será conduzido pela jornalista Ana Paula Padrão. Como palestrante na abertura eu vou falar sobre o programa Rede Brasil mulher. Como parte da estratégia de mobilização nacional; vou fazer um chamamento para aquelas mulheres e para os empresários se engajarem nesse movimento. É uma alegria e uma honra para mim, como amapaense, fazer ecoar que no nosso Amapá no Amapá há diálogo e respeito pelas pessoas”.

 

Candidatura ao Senado
O apresentador do programa perguntou à ministra se ela vai mesmo disputar uma vaga para o Senado nas eleições de outubro. A resposta foi positiva: “Tivemos uma reunião na Executiva Nacional do MDB, da qual faço parte e coloquei o meu nome. Está na hora de ter um trabalho grande; não se trata um desejo que saiu da minha cabeça, muita gente me cobrou e cobra isso, principalmente porque nunca tivemos uma mulher eleita senadora no Amapá. Pra mim política é a possibilidade de transformar a vida das pessoas. Eu sou pré-candidata ao Senado”.

Questionada sobre o fato de que o ex-senador Gilvam Borges já sinalizou que tem essa mesma pretensão, Fátima Pelaes disse que nada o impede de também se candidatar: “Eu ainda não ouvi o ex-senador Gilvam dizer que é pré-candidato. Se ele quiser candidato não há qualquer impedimento, eu não estou dizendo que ele não pode ser. Já tentei já falar com ele várias vezes, mas é difícil, apesar de ser presidente do nosso partido. Nós o apoiamos nas últimas eleições para prefeito de Macapá, tenho uma relação normal com ele, me relaciono bem, sou presidente da Fundação Ulysses Guimarães aqui no Amapá, que é um braço do MDB, respeito o direito dele e de quem quiser se candidatar”, acrescentando:

-. Sou uma pessoa de diálogo, de construir pontes mesmo que eu não passe eu construo ponte para as pessoas passarem. Os cinco mandatos que tive como deputada federal me fortaleceu muito. Sou socióloga, sou de dialogo, é justo eu ser cândida. Se ele (Gilvam) também quiser ser candidato, é legitimo da parte dele, como é legítimo eu também ser. Eu sou pré-candidata ao Senado e no final de março, início de abril a gente vai aprofundar e ampliar essa discussão.


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