Paulo Lemos pede punição para autores de fake news que maculam a imagem pública de Marielle Franco
Deputado confirma representação do PSOL ao Conselho Nacional de Justiça contra a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, do Rio de Janeiro, que associou a vereadora ao crime organizado.

O deputado Paulo Lemos (PSOL) criticou duramente na manhã desta terça-feira (20) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) a propagação de fake news nas redes sociais, que maculam a imagem pública da vereadora Marielle Franco, executada na semana passada com vários tiros no Rio de Janeiro. O parlamentar também confirmou que o PSOL vai entrar com representação contra a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio, Marília de Castro Neves Vieira, que associou a vereadora ao crime organizado.
“Já era esperado essa propagação de notícias falsas por causa da grande repercussão do assassinato da Marielle em todo o Brasil todo e em vários outros países, mas a gente estranha partir pessoas como a desembargadora. Isso choca a gente e temos que combater esse absurdo utilizando os meios legais para que essas pessoas sejam responsabilizadas, inclusive o PSOL já vai acionar o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) nesse sentido. E tenha certeza que as pessoas que estão falando bobagem vão sofrer as sanções cabíveis”, ressaltou.
“Engajada com bandidos”
Poucos dias após o crime, a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira disse, através do Facebook, que a vereadora “estava engajada com bandidos”, que “foi eleita pelo Comando Vermelho” e descumpriu “compromissos com seus apoiadores” opinando que por isso ela foi morta.
Por causa da grande repercussão de seus comentários, e diante dos movimentos de vários segmentos no sentido de criminalizar a sua conduta, a desembargadora emitiu uma nota à imprensa, onde afirma que se precipitou: “No afã de defender as instituições policiais, ao meu ver injustamente atacadas, repassei de forma precipitada notícias que circulavam nas redes sociais. A conduta mais ponderada seria a de esperar o término das investigações, para então, ainda na condição de cidadã, opinar ou não sobre o tema”, prosseguindo:
– Reitero minha confiança nas instituições policiais, esperando, como cidadã, que este bárbaro crime seja desvendado o mais rápido possível. Independentemente do que se conclua das investigações, a morte trágica de um ser humano é algo que se deve lamentar e seus algozes merecem o absoluto rigor da lei.
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