Política

Nogueira admite PT já 100% fechado com PDT, mas conversa com PSB, porque ainda tem até julho pra reavaliar decisão

Presidente do PT no Amapá afirma que o fato do partido estar no governo do estado não significa dizer que aliança política é automática. A prioridade, segundo ele, é garantir espaços para eleger deputados federais e estaduais, além de pleitear a vaga de vice- governador e pelo menos uma suplência de senador.


Apesar de fazer parte da base aliado do governo Waldez Góes, ocupando espaços estratégicos e importantes da administração estadual, o Partido dos Trabalhadores está aberto ao diálogo com outros partidos de esquerda, como Partido Socialista Brasileiro, que no Amapá tem como maior liderança o senador João Capiberibe.
Foi o que revelou na manhã desta terça-feira (17) o presidente regional do PT, ex-deputado e ex-prefeito de Santana Antônio Nogueira no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), ao ser questionado sobre a afirmação de Capiberibe no dia anterior, no mesmo programa, de que, além do PSOL, o PSB também vai conversar com o PT na tentatica de reunir uma coalizão no campo das esquerdas para disputar as eleições de outubro deste ano.

“A gente aprovou uma Resolução e deliberamos que vamos conversar com todos os partidos do campo da esquerda, da Frente Brasil Popular, do campo democrático. Aqui no Amapá a nossa prioridade é concorrer em condições de eleger deputados federais e estaduais. Nós vamos pleitear as vagas de vice-governador e uma suplência de senador. Hoje o partido já está 100% fechado com o PDT, mas pode até mudar (de posição) no dia11 de maio, quando acontecerá a reunião da Executiva estadual”, explicou.

 

Possibilidade de compor com o PSB
De acordo com Nogueira, a decisão de embarcar no governo Waldez foi unânime, como também a de integrar eventual coligação liderada pelo PDT, mas pré-candidatura de Capiberibe motivou alguns segmentos a reavaliarem rumos: “A entrada no governo foi aprovada por 100% da Executiva, por isso estamos administrativamente no governo, e já tem um Manifesto assinado por 100% da Executiva para irmos com o PDT; no entanto, ainda temos o prazo até 11 de maio pra receber pedidos para coligarmos com outros, o PSB, que até já se manifestou por una conversa. Após a reunião de 11 de maio, teremos até o dia 21 de julho para definir candidaturas em todos os níveis. Nós vamos ver a agenda dos outros companheiros para conversarmos com o PSB e, em seguida, com o PDT, para que o PT possa definir coligações”.

 

Nogueira destacou que o PT possui bons quadros em condições de eleger deputados estaduais e federais: “Temos muitos nomes em condições de garantir mandatos tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara Federal, como a Dalva, Dora, Marcos Roberto, Errolflyn, Marcos Nunes, o Rabelo, Lucicléber e o Rocha do Sucatão, por exemplo; também estamos conversando o ex-deputado Seabra, do PTB e com o Charles Marques, do PSDC, e vamos conversar com o PSB para vermos qual é o caminho mais viável para os nossos objetivos políticos”.

 

Lembrado que o membro da Executiva Nacional do PT, Jorge Coêlho, esteve recentemente em Macapá para discutir aliança com o senador João Capiberibe, Nogueira minimizou: “Foi divulgado que ele teria ao Amapá para selar acordo, mas é exagero, porque faz tempo que o PT não faz esse tipo de intervenção; tem que conversar; a gente tem que conversar sim, ainda tendo eu a frente, pois eu converso bastante. Tenho respeito com todos os partidos de esquerda, que defendem a democracia, a Constituição; eu jamais deixei de ter diálogo com quem quer que seja com o objetivo de conduzir da melhor forma possível; a Executiva Nacional não tem nenhuma intenção de interferir no Amapá e tem respeitado a minha liderança e dos demais companheiros que dirigem e que compõem o PT no Amapá”.


Deixe seu comentário


Publicidade