Cidades

Maurício Pereira diz que prisão de advogada em Macapá foi equivocada

Segundo o presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/AP, prisão foi porque negócio feito por seu esposo com acusado de se apropriar de dinheiro do Instituto de Previdência de Santana e de municípios paraenses foi depositada na conta da advogada.


O advogado Maurício Pereira confirmou na manhã desta terça-feira (17), por telefone, ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) a prisão de uma advogada de Macapá por determinação da 4ª Vara da Justiça Federal de Belém (PA). No entanto, segundo ele, a prisão foi equivocada, haja vista que foi decretada por causa de um depósito em sua conta bancária decorrente do pagamento de um negócio feito vários meses antes entre o marido dela e um acusado de desviar dinheiro do Instituto de Previdência de Santana (Samprev) e de outros municípios paraenses.

 

“Quero retificar e esclarecer informações que saíram na imprensa e em redes sociais de que uma colega nossa advogada estaria presa no Iapen (Instituto de Administração Penitenciária do Amapá), quando na verdade, a prisão dessa colega, não vou dizer o nome, foi na verdade um lamentável equivoco. Ela está sendo defendida pelo nosso colega Waldez Barbosa, foi presa na quinta-feira por menos de 24 horas, tendo sido liberada na sexta-feira à noite, e para isso teve todo o apoio do presidente da OAB Auriney Brito, da Comissão de Prerrogativas, que é presidida por mim, e pela Procuradoria de Prerrogativas, presidida pelo doutor Helder Afonso”, detalhou.

 

Maurício Pereira explicou a motivação da prisão: “A nossa colega foi imediatamente liberada pelo juiz federal Campello, da 4ª Vara Criminal da Secção Judiciária do Pará, quando verificou-se que por ser o esposo comerciante, ele tinha feito um negocio com o senhor Elton tempos pretéritos e meses depois fez o pagamento, mas por problema bancário o dinheiro foi depositado na conta da nossa colega, que sequer conhecia o empresário Elton, e isso será mais esclarecido no curso da ação penal. Tão logo tomou conhecimento da prisão, o doutor Waldez Barbosa seguiu para Belém com o empresário marido da colega, lá foi dada toda satisfação ao Juízo, foram apresentadas as notas fiscais e o juiz revogou prisão que ele próprio anteriormente havia decretado”.

 

Golpe na Sanprev
Em ação que tramita na 1ª Vara Criminal de Santana, o Ministério Público do Amapá (MP-AP) acusa Elton Félix Gobi Lira, da empresa Êxito Consultoria de Investimentos, de se apropriar de cerca de R$ 900 mil do Instituto de Previdência do Município de Santana (Sanprev), destinados a investimentos e capitalização. O contrato de prestação de serviços foi assinado em fevereiro de 2015, mas a empresa atuava em desconformidade com a legislação, uma vez que não possuía autorização para realizar investimentos no mercado financeiro, tendo seu registro cancelado junto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em setembro de 2014.

 

No entanto, de acordo com a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Anderson Batista de Souza, mesmo com o impedimento legal e para ganhar a confiança das vítimas e realizar negócios em montantes financeiros consideráveis, Elton Lira teria forjado diversos documentos com o intuito de dar autenticidade aos supostos investimentos, utilizando logotipos da Caixa Econômica Federal e da própria CVM.

 

A 4ª Vara Criminal de Belém (PA) também é responsável por outra ação penal contra Elton Lira, que é acusado de aplicar o mesmo golpe nos municípios paraenses de Oeiras do Pará, Portel, Muaná e Belém. À exceção de Dayanne Rafaelle do Nascimento (ex-mulher de Elton Lira), que está presa em Macapá, todos os investigados na Operação Olho de Tandera, que apura o caso no Amapá estão soltos.


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