Cidades

Faculdades e perspectivas de empregos no agronegócio do Amapá

Instituições de ensino superior de peso oferecem cursos à distância, incluindo a USP e a PUC, que disponibilizam graduações de Gestão do Agronegócio e outros cursos ligados ao setor primário.


Instituições de ensino superior voltam a atenção para o setor produtivo, que influencia o mercado de trabalho em várias áreas profissionais e movimenta investimentos na abertura em novos negócios no Amapá com o impulsionamento do setor agropecuário, nos últimos três anos. O agronegócio brasileiro tem se demonstrado pujante e se posicionado como um dos mais importantes no mercado mundial, além de ser a principal sustentação da economia do país nos anos de crise, representando 23,8% do PIB, e empregando 37% de toda a mão de obra nacional, ocupando pessoas no campo e sobretudo nas cidades. No Amapá, em três anos, o PIB agropecuário cresceu 25%. Levando em consideração as atividades do agronegócio que alcançam serviços e indústria, estima-se 9% do geral. Assim, a empregabilidade começa a sentir efeitos e as instituições de ensino buscam atender a demanda de qualificação de pessoas.

Universidade Federal do Amapá
A Unifap iniciou a organização do Centro de Ciências Agrárias, que abrigará cursos de Zootecnia, Medicina Veterinária, e Engenharia Agrônoma. São cursos que podem tornar a universidade verdadeira agência de desenvolvimento econômico e social por focar no aprimoramento de conhecimentos e tecnologias.

Instituto Federal do Amapá
O Ifap, através do Polo Porto Grande, lançou Bacharelado em Engenharia Agrônoma com 40 vagas e duração de 4 anos, contendo laboratórios, salas e fazenda experimental. A região onde se encontra Porto Grande é um dos principais polos na produção de hortifrutigranjeiros e necessita de mão de obra qualificada para tecnificação e elevação da produtividade.

Universidade Estadual do Amapá
Na Ueap há 5 engenharias utilizadas diretamente no agronegócio: Engenharia Química, Engenharia de Produção, Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal, Engenharia de Pesca e Engenharia Agrônoma.

Faculdades privadas
As faculdades também já enxergaram este novo mercado e a necessidade das pessoas estarem preparadas. Nesse sentido, instituições privadas oferecem cursos de especialização de Georreferenciamento, necessário sobretudo para contribuir no processo de regularização fundiária por qual passa o Amapá, inclusive com a Lei recentemente aprovada, sancionada e em processo de regulamentação; e o curso Agroindústria. Empreendimentos da agroindústrias se concentra em Santana, devido à proximidade com o porto e a existência de um distrito industrial, representando um menor custo logístico e tributário. Seguem essa tendência empresas como a Caramuru Alimentos (grãos), Cianport (grãos), Soreidom (grãos), Sambazon (açaí), Amcel (madeira) e Três Amores (laticínio), dentre outras.

Cursos online
Instituições de ensino superior de peso oferecem cursos à distância, incluindo a USP e a PUC, que disponibilizam graduações de Gestão do Agronegócio e outros cursos ligados ao setor primário. Além disso, diversas outras faculdades ofertam graduações e especializações em áreas contábeis, gestão, direito, marketing, tecnologia da informação e muitas outras áreas do conhecimento com o foco de atender as demandas de trabalho no agronegócio.

O aumento da produção agropecuária no Brasil nasce da necessidade de suprir a demanda mundial por alimentos criando a tendência de expansão logística e produtiva para o norte brasileiro, no projeto chamado Arco Norte, atraindo investimentos devido aos fatores porto, terra e clima. Hoje, o Amapá produz grãos de soja e milho em 20 mil hectares, podendo chegar a 400 mil hectares e gerar aproximadamente 55 mil empregos diretos e indiretos. Soma-se a isso a saída do Amapá e do Brasil da zona de risco da febre aftosa, abrindo novos mercados para os produtos amapaenses, sobretudo à cultura bubalina e seus derivados, atraindo investimentos e aprimorando a produção local.


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