Cidades

Servidores do Judiciário podem decretar greve geral se categoria não homologar minuta de acordo com o Tjap

Com atividades paralisadas desde esta sexta-feira (09), categoria está negociando recomposição das perdas salariais e restabelecimento pleno do Plano de Saúde. Sindicato diz que minuta de acordo será discutida em assembléia geral na próxima terça-feira.


Entrevistados neste sábado no programa Togas&Becas (Diário FM 90,9) a presidente licenciada Anne Marques e o presidente em exercício do Sindicato dos Servidores do Judiciário (Sinjap) Ney Parente afirmaram que a categoria poderá decretar greve por prazo indeterminado caso a asembleia geral, marcada para a próxima terça (12) não homologue uma minuta de acordo que foi assinada entre a diretoria do Sinjap e o presidente do Tribunal de Justiça (Tjap), desembargador Carlos Tork.

“Paralisamos as atividades nessa sexta-feira em sinal de alerta, porque estamos cansados de sofrer e resolvemos radicalizar para buscar uma negociação com a gestão do Tribunal. Quero de antemão reconhecer a abertura do presidente, desembargador Carlos Tork, para ouvir e propor, como aconteceu imediatamente após iniciarmos a paralisação. Temos que buscar essa recomposição de perdas salariais que tiraram o poder de compra dos servidores. Só pra que se tenha idéia as perdas nos últimos quatro anos foi de 3%, sem falar nos anos anteriores”, relatou Ney Parente.

Anne Marques explicou que a categoria decidiu que o mês de junho seria um marco para as paralisações pontuais, como alerta para que a mesa de negociações fosse aberta e explicou o motivo: “As correções em 2018 foram apenas de 1%, enquanto a inflação para este ano é de 2,68%,; ficamos aguardando a concessão de reajuste de 2,8% anunciado pelo governador para o funcionalismo, mas fomos surpreendidos pelo fato de que esse reajuste foi dado apenas aos servidores do Executivo, resultando que ficamos com apenas 1%, causando desconforto à nossa categoria, pois nos sentimos desprestigiados. Diante dessa realidade não nos restou alternativa senão realizar paralisações ao longo do mês de junho, mas o presidente Carlos Tork já sinalizou e vamos discutir”.

– O servidor ficou muito frustrado, chateado, e ainda tem a questão da remoção do interior para a Capital, que também já estamos fechando acordo com o Tribunal. O presidente Tork nos informou e está na mesa de negociação que este ano grande parte de servidores do interior virá para a Capital, como também nos foi informado que o concurso para remoção, que foi anunciado, é inviável porque os colegas do interior ficarão só até final do ano. Ontem passamos várias horas negociando no Tribunal, ouvimos propostas, nós assinamos acordo que ficou condicionado à homologação pela categoria, cuja discussão ocorrerá na próxima terça-feira às 16 horas na sede do Sinjap – explicou Nery Parente.


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