Política

População de Oiapoque se revolta com limite de navegação imposto pela Guiana Francesa

Deputada Cristina Almeida pede mobilização das autoridades brasileiras contra a medida, que proíbe circulação de embarcações no Rio Oiapoque das 20h às 5h, causando prejuízos


Por meio de uma medida administrativa o governo da Guiana Francesa proibiu a navegação no Rio Oiapoque durante o horário das 20h às 5h, causando sérios prejuízos à economia da região. A informação, em tom de desabafo, foi dada na manhã desta segunda-feira pela deputada estadual Cristina Almeida (PSB) com exclusividade ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9).
De acordo com a parlamentar, o documento foi assinado no dia 19 de fevereiro, mas tornada pública nesta quarta-feira (28), quando os catraieiros foram notificados. Ela reclamou ainda que a prefeitura e a população de Oiapoque não participaram dessa discussão, apesar do governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores ter sido consultado e concordado com a restrição.

 

“Essa decisão afeta profundamente nossa relação transfronteiriça porque nossos limites internacionais classifica Saint George e Oiapoque como cidades gêmeas e essa integração mútua precisa acontecer; um dos muitos acordos internacionais existentes exige que qualquer alteração na legislação de circulação os dois países precisam ser avisados mutuamente; tive uma reunião nesse final de semana com as prefeita de Oiapoque e ele me disse que não recebeu qualquer notificação oficial, e que só tomou conhecimento através dos catraieiros, e assim mesmo quatro meses após a expedição do documento”, relatou, prosseguindo:

 

– Essa medida, reprovável sob todos os aspectos, nos deixou e deixou toda a população de Oiapoque indignadas, porque é extremamente nociva para a toda a região, afetando seriamente a economia, porque não se restringe só aos catraieiros, mas toda a navegação, fazendo com que Oiapoque comece a enfrentar uma situação de caos, com uma crise sem precedentes. Eu já acionei o senador João Capiberibe e ele está agendando uma reunião com o ministro das Relações Exteriores para tentar reverter esse absurdo.


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