Cidades

Coronel Carlos diz que emprego da Força Nacional na fronteira de Oiapoque viabiliza ações repressivas contra o crime organizado

Força Nacional reforçará vigilância entre o Brasil e o Platô das Guianas com o objetivo de coibir o tráfico de drogas, de armas e outros crimes.


Em entrevista exclusiva concedida na manhã desta terça-feira (24) ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Coronel Carlos Souza, comemorou a decisão do ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann, de enviar a Força Nacional para reforçar as operações na fronteira do Brasil (Oiapoque) com o Platô das Guianas.

 

“Eu tive várias reuniões com o superintendente da Polícia Federal (PF) e ele externava preocupação com a situação da ponte binacional por não ter efetivo suficiente. Antes mesmo da criação do Ministério, encaminhamos oficio e fomos pessoalmente à Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), e lá obtive a garantia de que teríamos reforço efetivo de força policial para um esforço integrado, através de ação conjunta, principalmente considerando que há uma cobrança muito forte do governo federal no que diz respeito à entrada de armas e drogas. Aqui no Amapá temos que fechar a porta, mas não apenas para que armas e drogas não cheguem ao Sul e ao Sudeste, mas para não depositá-las em nosso estado”, relatou.

 

O secretário lembrou que as mudanças no cenário de segurança pública ocorrem paulatinamente porque existem vários fatores como estratégias, planejamento e investimentos, principalmente, o que acaba demandando maior tempo de execução, mas afirmou que em meio às mudanças outras medias são tomadas para reprimir a criminalidade.

 

“A velocidade não é tão rápida, mas graças a Deus está se realizando um esforço conjunto do governo do Amapá com a Polícia Federal para reforço o efetivo e garantir a segurança 24 horas na ponte binacional e em toda a extensão faixa de fronteira, porque somos a única ligação com a Europa; há uma grande preocupação, por exemplo, com ações terroristas no Centro de Lançamento de Kourou, na Guiana Francesa, e também temos que nos preocupar, por se tratar de uma grande e estratégica base de lançamentos de foguetes. Mas, dentro de pouco tempo estaremos com tropas federais reforçando a segurança nas nossas fronteiras para o combate efetivo ao tráfico de armas, de drogas e outros atos ilícitos.

 

Medidas repressivas
No dia 30 de junho foi deflagrada a Operação Esforço Integrado, que percorreu a faixa de fronteira de Oiapoque com a Guiana Francesa, no extremo norte do Amapá. Duas pessoas foram presas em flagrante e outras seis conduzidas à delegacia para interrogatório. Foram apreendidas drogas (maconha, crack e cocaína), mais de R$ 27 mil e outros € 1,8 mil em espécie, além de vários objetos de procedência ilícita, segundo a polícia.

 

Para o secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Carlos Souza, os números foram positivos e a operação demonstrou o fortalecimento do trabalho conjunto entre as forças de segurança estadual e federal.

 

“Os números servem de parâmetros. Temos essa operação integrada como base para outras operações que ocorrerão a partir de um plano definido, estrategicamente. Já estávamos trabalhando com forças federais como a PF e, agora, ganhamos o reforço do Exército Brasileiro. É uma conquista onde quem ganha é o cidadão”, considerou Carlos Souza.

 

No total, 96 homens das forças de segurança foram empregados na operação que terminou à meia noite de domingo, 1º. A Operação Esforço Integrado foi deflagrada, simultaneamente, em 11 estados de fronteira do Brasil.

 

Coordenação
A operação foi coordenada em nível nacional pelo Ministério Extraordinário de Segurança Pública. A Sejusp montou um centro de comando no município de Oiapoque, distante 590 quilômetros da capital, Macapá.

 

Participaram da operação, a Polícia Civil do Amapá; Polícia Federal (PF); Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen); Polícia Militar do Amapá (PM/AP); Polícia Técnico-Científica (Politec); Polícia Rodoviária Federal (PRF/AP); Corpo de Bombeiros Militar (CBM/AP); Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Exército Brasileiro (EB) sob coordenação da Sejusp.


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