Waldez anuncia apoio a Lula, mas PT diz que decisão só ocorre após orientação da executiva nacional
Assinado pelo presidente da sigla no Amapá, governador Waldez Góes, o comunicado oficial foi feito nessa segunda-feira à direção do partido, em Brasília.

O presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Amapá, governador governador Waldez Góes, comunicou oficialmente nessa segunda-feira (30) à executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), o compromisso de garantir palanque ao ex-presidente petista, Luiz Inácio Lula da Silva, ou para qualquer candidato que represente o PT nas eleições presidenciais, no primeiro e no segundo turno.
“Meu compromisso de apoio ao PT, já demonstrado em ocasiões anteriores e agora reiterado, vai além do primeiro turno, no sentido de garantirmos a vitória de uma candidatura de esquerda no Brasil, para que voltemos a governar o País e retomemos o desenvolvimento socioeconômico que beneficiou, como nunca, a nossa região Norte”, diz o comunicado.
De acordo com o comunicado, no total, 12 partidos compõem alianças em torno da candidatura à reeleição de Waldez Góes ao governo do Amapá, e que o PCdoB e o PTB já manifestaram publicamente que poderão apoiar o presidente Lula desde o primeiro turno.
O PCdoB aguarda apenas a confirmação de uma aliança nacional com o PT. O PTB também assegura seu apoio, conforme posicionamento já manifestado no lançamento da pré-candidatura de Lula, no último dia 13, em Macapá. Outros partidos da aliança aguardam a definição nacional. “Estamos dando sequência às tratativas políticas que já vínhamos mantendo desde o ano passado, com vistas às eleições de 2018”, justificou Góes.
O PDT do Amapá também anunciou apoio à formação de uma coligação proporcional envolvendo PTB e PSDC. A aliança visa à disputa a Câmara dos Deputados. Segundo o PDT, isto proporcionaria ao PT chances reais de conquista de uma das oito cadeiras de deputado federal a que tem direito a bancada amapaense.
Quanto à escolha do candidato a vice-governador, na chapa de Góes, assim como as suplências para senador, o comunicado esclarece que ainda estão em tratativas e inclui os petistas no Amapá nas negociações.

Aliança ainda sem definição
Ouvido com exclusividade por telefone pela bancada do programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) na manhã desta terça-feira, o vice-presidente do PT no Amapá, advogado Marcos Roberto, explicou que ainda não está definida uma eventual aliança entre o partido e o PDT, e essa definição somente ocorrerá após a executiva nacional concretizar ou não uma coligação com o PSB e o PCdoB, cujo encontro está previsto para a próxima quinta-feira (02), em Brasília.
“Estamos nas últimas tratativas, visto que o encontro de definição de candidaturas vai acontecer dentro de dois dias, na próxima quinta-feira, por conta de duas propostas que temos do PDT e do PSB. Já reunimos com o PDT e vamos agora reunir com o PSB, para que depois essas informações sejam repassadas para os delegados do partido, cuja maioria vai definir os rumos que vamos tomar”, destacou, acrescentando:
– No encontro anterior do PT decidimos que não teríamos candidato ao governo e ao Senado, mas que vamos reivindicar o cargo de vice-governador e suplência de senador; colocamos esse pleito pra eles, e na reunião de ontem, com a participação do presidente Nogueira, o governador Waldez pediu o nome que indicaríamos para vice pra ser debatido entre os aliados; mas como o nome só vai ser definido no encontro, nos comprometemos no sentido de enviá-lo na próxima sexta-feira. Essa coligação que estamos discutindo com o PDT é interessante, porque nos dá condições reais de eleger um deputado federal do partido, mas quanto a deputado estadual o PT decidiu por maioria, senão todos, que o partido prefere sair com chapa pura para garantir a eleição de pelo menos um deputado estadual.
Candidatura de Lula
Perguntado se o PT realmente acredita que o ex-presidente Lula pode ser candidato, Marcos Roberto, que é advogado, disse que sim: “Com certeza, isso é decisão do povo brasileiro; vimos agora nesse fim de semana a manifestação da população por ‘Lula Livre’ e em favor da democracia; isso é uma necessidade, é impositivo, porque a candidatura do Lula é resultado de manifestação popular; o Brasil precisa que a democracia seja respeitada com Lula candidato para garantir um Brasil melhor; tanto que ainda que com o Lula preso, pesquisa divulgada agora mostra que 41% da população quer que o Lula seja candidato”, ponderou, finalizando:
– O lula não está com direitos políticos cassados; tem condenação, mas ainda não transitou em julgado na 2ª instancia; a condenação não tira automaticamente os direitos políticos; só a justiça eleitoral pode suspender os direitos políticos; mas se isso ocorrer vamos ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque é inconstitucional; o certo é que no dia 15 de agosto Lula será registrado como candidato a Presidente da Republica pelo Partido dos Trabalhadores. É minha esperança e da maioria do povo brasileiro que Lula será candidato a presidente.
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