Cidades

Cerca de 25% dos partos no Hospital da Mulher são prematuros; Sesa realiza campanha de prevenção

O Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML) realiza em média 950 partos mensais, tanto normais como cesáreos, sendo que 237 são partos prematuros


O Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML) realiza em média 950 partos mensais, tanto normais como cesáreos, sendo que 237 são partos prematuros que são considerados como procedimentos de alto risco, e equivalem a 25% desse quantitativo. Por esse motivo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), alerta sobre a importância do pré-natal, que auxilia na prevenção e tratamento de doenças adquiridas na gravidez, que são consideradas as principais causas dessa estatística.

De acordo com o ginecologista e obstetra do HMML, Carlos Filho, o pré-natal é um acompanhamento fundamental na gestação. Pois, através dele, é possível detectar vários tipos de problemas como infecções e outras doenças, a exemplo de toxoplamose, citomegalovírus, rubéola, sífilis, HIV e hepatite.

“A gestante pode fazer o pré-natal nas unidades básicas de saúde e, caso sejam identificadas infecções urinárias mais graves, que tenham se espalhado para os rins, ou outras doenças que tornam a gravidez de risco, a paciente é encaminhada para o HMML. No hospital, ela recebe apoio multiprofissional, com médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e assistente social, que farão um acompanhamento mais detalhado para que essa mãe não venha a ter um parto prematuro ou outras complicações”, orienta o ginecologista.

Carlos Filho ainda ressalta que as doenças mais comuns durante a gravidez são diabetes, hipertensão e infecções, principalmente, a urinária. “Algumas mulheres acham que por não sentirem dores ou sintomas não precisam realizar o pré-natal. Isso é um erro grave, pois alguns problemas como infecção urinária podem não causar sintomas visíveis. Porém, ela é um dos principais fatores que causam o rompimento precoce da bolsa”, alerta.

O médico reforça que durante o pré-natal a mulher recebe informações gerais a respeito da gravidez; sobre o seu corpo; o feto; desconfortos; controle de peso; alimentação saudável; possíveis manchas na pele que podem surgir e, os cuidados com o recém-nascido, como a importância da amamentação. Além das unidades básicas de saúde, a mulher pode encontrar apoio com a equipe de profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Estratégia Saúde da Família (ESF), que prestam serviços de saúde multiprofissional para a população.

Prevenção
Ainda de acordo com o ginecologista Carlos Filho, para evitar complicações durante a gestação, é recomendável que a mulher tenha uma alimentação balanceada. Pois, uma dieta pobre em nutrientes pode causar restrição no crescimento do feto e desnutrição. “É importante que a mulher procure auxílio nutricional, pois cada paciente precisa de cuidados específicos quanto aos alimentos, que evita e controla doenças como hipertensão e diabetes. Além disso, diminui o cansaço, náuseas, prisão de ventre e outros desconfortos”, reitera o médico.

Outros cuidados durante a gravidez estão relacionados a prática de exercícios físicos, com exceção daquelas que apresentam alguma condição de saúde especial. “Todo cuidado é pouco, por isso deve-se ter um acompanhamento médico, o qual identificará os exercícios adequados para cada mulher. Essa prática traz diversos benefícios a exemplo da facilidade de recuperação pós-parto, alívio de dores e estresse e, ainda, traz mais segurança durante este período”, reforça o ginecologista.

HMML
O Hospital da Mulher Mãe Luzia é a única maternidade pública do Amapá que possui uma UTI neonatal, prestando serviços de alta e média complexidade para a população. Por isso que todas as mulheres com gravidez de risco são encaminhadas para fazer o acompanhamento neonatal na unidade. Recentemente, o hospital recebeu 7 novos leitos, implantou a classificação de risco para agilizar os atendimentos, agência transfusional, laboratório de análises clínicas, sala de multiuso que fomenta a educação em saúde. Também adquiriu aparelhos de raio-X, fototerapia, berços aquecidos, ventiladores mecânicos e aspiradores.

A unidade também teve algumas adaptações na estrutura da Central de Materiais Esterilizados (CME), reforma total do telhado e ampliou serviços psicossociais para 12 horas e 2 consultórios para atendimento médico, que reduziu em 70% o tempo de espera, além de outras melhorias voltadas para os recursos humanos e atendimento da UTIneo.


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