Operação interestadual da PC desarticula quadrilha de ‘ratos d’água’
Policiais civis do Pará e Amapá atuam de forma integrada para combater roubos a embarcações que ocorrem na região de fronteira entre os dois estados

Três homens suspeitos de envolvimento no assalto ao navio Paulo Santos, em maio deste ano, foram presos preventivamente na segunda-feira (20), no bairro Zerão, zona sul de Macapá, durante uma operação integrada entre policiais civis do Amapá, através do Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) e Pará, por meio da Delegacia Fluvial.
O primeiro a ser preso foi Benedito Madeireira Gomes, de 44 anos, o ‘Preto do Camarão’, considerado líder da quadrilha de ‘ratos d’água’ e autor intelectual do crime. Na sequência os policiais prenderam Alan Henry Monteiro Augustin, de 28 anos, e Diogo Ferreira Santana Silva, de 26 anos.
- Diogo Ferreira Santana Silva
- Benedito ‘Preto do Camarão’
- Alan Henry Monteiro Augustin
De acordo com o delegado paraense Arthur Braga, titular da Delegacia de Polícia Fluvial (DPFlu), outros dois suspeitos ainda continuam foragidos. “O assalto ocorreu na noite de 31 de maio. Cinco criminosos embarcaram como passageiros no navio Paulo Santos, que havia deixado a orla de Macapá (AP) com destino à cidade de Portel (PA). Após atravessar a baía do Vieira – divisa entre os dois estados – os criminosos renderam a tripulação e passageiros. Eles fizeram o ‘limpa’ e fugiram levando vários objetos na voadeira de apoio do próprio navio”, disse o delegado.
A quadrilha, na fuga, levou como refém o encarregado da embarcação, Jorge Miranda. “O encarregado foi espancado e ameaçado de morte por várias vezes. Após a tortura, o grupo ainda o jogou dentro do rio, mas ele conseguiu se salvar e foi resgatado por moradores de uma comunidade ribeirinha do município de Afuá (PA)”, complementou o delegado.
O delegado Dilermando Dantas Junior, coordenador do Grupamento Fluvial de Segurança Pública do Pará, revelou que após o crime foi solicitado apoio da Polícia Civil do Amapá nas investigações que ocorrem de forma conjunta, com a constante troca de informações.
“Na verdade, temos três quadrilhas devidamente mapeadas que atuam entre os estados do Pará e Amapá, mas precisamente nas regiões do rio Jacaré Grande, Tajapurú e Ilhas do Pará, onde a quadrilha chefiada pelo Preto do Camarão vinha atuando. Após o assalto ao navio Paulo Santos, iniciamos essa investigação conjunta e queremos reiterar o apoio fundamental do NOI nessa empreitada. A prisão desses elementos é apenas o início de uma grande ofensiva. Vamos atrás dos outros envolvidos e investigar até mesmo a ligação deles com outros criminosos que atuam como ‘ratos ‘d’água’. Essa é uma prática que precisa e está sendo combatida”, declarou.
com a prisão dos suspeitos e a tomada de novos detalhes do caso a polícia espera localizar pelo parte dos objetos levados no assalto. “A voadeira está em uma comunidade nas Ilhas do Pará, conforme dito por um dos investigados. Estamos seguindo para esses locais no sentido de dar continuidade ao trabalho e recuperar pelo menos parte do que foi roubado”, concluiu o delegado Dilermando.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
Texto: Elden Carlos
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