Cidades

Uso de grandes embarcações ameaça destruir o Trapiche da Rampa do Açaí, na Orla de Macapá

Um dos Piers, já concluído, já está com sua estrutura abalada, enquanto que o outro, ainda em construção, está sendo usado irregularmente. GEA busca apoio de órgãos da segurança pública e da Prefeitura para intensificar a fiscalização.


O repórter Costa Filho, do programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) atendeu na manhã desta terça-feira (04) ao alerta de vários ouvintes sobre o risco de desabamento do Trapiche da Rampa do Açaí, na Orla de Macapá, e constatou as precárias condições em que se encontra, com suas estruturas abaladas por causa do seu uso indevido por médias e grandes embarcações. Ambos os piers, um já concluído e outro em fase de construção, apresentam rachaduras no concreto e ameaçam desabar.

Ouvido pela bancada do programa, o empresário Edir Pacheco lembrou que os piers foram construídos, ainda na época do governo Barcellos, para atender as pequenas embarcações ribeirinhas. “A Rampa do Açaí, por exemplo, foi feita para atender os produtores de açaí, pois cargas e descargas teriam que ser feitas no Jandiá, Igarapé das Mulheres e nos portos de Santana, mas como não tem fiscalização essa carga e descarga vem sendo feito nos dois píers, inclusive descarregando cimento, tijolos, areia e pedra, e isso está contribuindo para a sobrecarga, que é bem superior ao que foi calculado para a sua capacidade”.

Edir Pacheco afirmou que o uso do píer que está em construção é ainda mais preocupante: “O píer novo não tem anda nem as defesas, que é o que protege, para o barco bater na primeira, mas ante a sua ausência, bate diretamente no concreto, que é fixo, o que não pode acontecer, porque o impacto destrói o concreto. A Seinf (secretaria de estado de Infraestrutura) tem que fiscalizar, porque essa fiscalização cabe ao Estado, enquanto que ontem tem igarapé, como Mucajá, Jandiá e Pedrinhas, é de responsabilidade da prefeitura. É uma questão de cada um fazer o seu papel”.

 


Fiscalização

Ouvido também por telefone, o secretário da Seinf, Alcir Matos, admitiu que o problema ocorre e preocupa, mas disse que fiscalização tem que ser exercida conjuntamente pelo governo e pela prefeitura de Macapá: “Trata-se de patrimônio público e por isso todos podemos ajudar nessa governança. Por isso já estamos articulando reunião com a prefeitura de Macapá, com a participação dos órgãos de segurança para alinharmos ações eficientes para resolver o problema”.


Deixe seu comentário


Publicidade