Cidades

Mulheres contra Bolsonaro realizam protesto no sábado em Macapá

O movimento contra candidato do PSL já atingiu cerca de 3 milhões de mulheres em todo o Brasil.


Célio Alício
Da Redação

Diferentes segmentos organizados de mulheres amapaenses seguem uma tendência que repercute nacionalmente, e também passaram a se mobilizar e se articular no movimento “Mulheres Contra Bolsonaro” que se manifesta por todo o país através de aplicativos plataformas e redes sociais com as hashtags #Helena e #EleNunca. A repercussão do movimento foi rápida e impactante, sendo que em poucos dias milhões de mulheres em todo o territóri9o nacional aderiram à luta contra a eleição do deputado ultraconservador Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência da República nas eleições gerais de 7 de outubro.

O programa Café com Notícias, apresentado pela jornalista Ana Girlene e que vai ao ar semanalmente de segunda à sexta-feira de 17h30 às 19h00, teve na edição de quinta-feira(27), a participação de Heluana Quintas, Alzira Nogueira e Mayê Guedan, ativistas do “Mulheres Contra Bolsonaro” no Amapá e que analisaram a conjuntura política nacional, a eleições gerais de outubro e o recrudescimento de idéias conservadoras e radicais a partir de candidaturas de extrema-direita como a do deputado e ex-militar Jair Messias Bolsonaro que lidera as pesquisas de intenção de votos dos principais institutos de pesquisa do país, como o Ibope, o Datafolha e o Vox Populli. O movimento contra candidato do PSL já atingiu cerca de 3 milhões de mulheres em todo o Brasil.

Segundo as entrevistadas, as mulheres formam o contingente mais numeroso do eleitorado brasileiro, representando atualmente 52% da população votante, que corresponde a 77.076. 395 de acordo com as estatísticas da justiça eleitoral divulgadas em fevereiro deste ano. A maioria das eleitoras, que totalizam 18.710.832 eleitoras, encontra-se na faixa etária de 45 a 49 anos, seguidas das mulheres de 25 a 34 anos com 16.241.206 mulheres, e, na terceira colocação estão as mulheres 34 a 44 anos, que perfazem um quantitativo de 15.755.020 eleitoras.

De acordo com Heluana Quintas, artista e líder da banda Mini Box Lunar, “as mulheres estão convergindo, se abraçando e se aliançando no sentido de se reconhecerem enquanto cidadãs com voz ativa num momento de ameaça dos seus direitos com uma possibilidade concreta de avanços sociais e que estão sendo ameaçados, e se reconhecem vítimas da violência, da falta de equidade e da desigualdade e que são históricas e no Amapá, essas mulheres se reuniram em praça pública e resolveram voluntariamente desenvolver atividades culturais relacionadas a esse tema e, também, mais do que declarar um “não voto”, declarar que se tem voz, que estão unidas, se olhando nos olhos e podendo contar umas com as outras para lutarem juntas, permanentemente abraçadas contra qualquer retrocesso, qualquer incentivo à desigualdade e à violência, disse ela.

Assim como no restante do país, o movimento Mulheres conta Bolsonaro no Amapá, atendendo ao chamamento da liderança nacional, realiza um ato público de protesto contra o fascismo, machismo, a violência, a homofobia, a misoginia, a desigualdade, o racismo e a exclusão. A manifestação ocorrerá no sábado (29), na Praça Floriano Peixoto, no Centro, a partir das 16h00.


Deixe seu comentário


Publicidade