Família de paciente com aneurisma reclama de descaso; Sesa afirma estar acompanhando o caso
Mulher de 56 anos, em estado grave e com ordem judicial para atendimento emergencial estaria sem assistência médica.

Neta de uma paciente de nome Francisca Fernandes dos Santos, de 56 anos, a acadêmica de direito Ingrid Karine, denunciou na manhã desta sexta-feira (28) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) o que chamou de “descaso” da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no Hospital de Emergências (HE). Segundo ela, sua avó está desde o dia 13 à espera de uma cirurgia, que foi determinada pela justiça, mas até agora nenhuma providência foi tomada, e o quadro clínico se agrava cada vez mais, inclusive, com iminente risco de morte.
“Dona Francisca está com um aneurisma gigante e apesar de dois mandados judiciais, nada foi feito para agilizar o tratamento, que consiste numa cirurgia de emergência; peço ao doutor Calandrini (secretário de Saúde) que se manifeste, até porque não foi ele que recebeu a intimação, porque se encontrava em Laranjal do Jarí, mas sim o secretário-adjunto, Paulo e nenhuma providência foi tomada. Ela precisava urgente de um exame chamado Angiotomografia (exame de diagnóstico rápido que permite a perfeita visualização de placas de gordura ou cálcio no interior das veias e artérias do corpo) e o estado não realizou. Tivemos que fazer por conta própria”, relatou.
Ainda de acordo com Ingrid, a justiça já mandou fazer o exame, como também determinou a transferência imediata de sua avó para uma UTI: “O exame só foi feito porque a família se mobilizou e mandou fazer o exame em clínica particular, e só agora ela foi levada para a UTI porque o seu estado de saúde se agravou muito; o exame apontou que a cirurgia não pode ser realizada aqui no estado, por se tratar de um aneurisma gigantesco, e se romper pode ser fatal. Faço um apelo ao secretário, e até mesmo ao governador, porque minha avó é servidora pública há 30 anos e precisa de uma solução imediata”.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que tem conhecimento do caso, e que aguarda a liberação de leitos em hospitais de outros estados para que a paciente possa ser transferida. “Estamos trabalhando no sentido de conseguir a vaga em hospitais onde a cirurgia possa ser realizada. O problema é que não tem leito e os hospitais consultados, por essa razão, se recusam a receber a paciente. Estamos envidando todos os esforços no sentido de que essa senhora seja transferida o quanto antes. Quanto aos medicamentos que a família diz não ter na unidade de saúde onde ela está internada, também já estamos fazendo os levantamentos necessários para que a paciente tenha o acesso imediato”, declarou a superintendente de Atenção à Saúde da Sesa, Elioneide Monteiro.
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