Hospital da Mulher alerta para as causas e prevenção do parto prematuro
Considerados como procedimentos de alto risco, partos prematuros equivalem a 25% dos partos realizados, mensalmente, na única maternidade do Amapá.

O Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML) realiza em média 700 partos mensais, tanto normais como cesáreos, sendo que 175 são partos prematuros, considerados como procedimentos de alto risco, e equivalem a 25% desse quantitativo. Por esse motivo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta sobre a importância do pré-natal, que auxilia na prevenção e tratamento de doenças adquiridas na gravidez, que são consideradas as principais causas dessa estatística.
Com o objetivo de conscientizar as mulheres grávidas, o HMML aderiu à campanha mundial “Novembro Roxo”, alusiva ao Dia da Prematuridade, comemorado no dia 17. A data foi instituía em 2008 pela European Foundation for the Care of Preterm Infants (EFCNI).
De acordo com um estudo desenvolvido em 2013 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por ano, em todo o mundo, nascem 15 milhões de bebês prematuros. Mais de 1 milhão deles morrem dias após o parto, o que torna a prematuridade uma das principais causas da mortalidade infantil.
De acordo com o ginecologista e obstetra do HMML, Carlos Filho, o pré-natal é um acompanhamento fundamental na gestação. Pois, através dele, é possível detectar vários tipos de problemas como infecções e outras doenças, a exemplo de toxoplamose, citomegalovírus, rubéola, sífilis, HIV e hepatite.
“A gestante pode fazer o pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde e, caso seja identificada uma infecção urinária mais grave, que tenha se espalhado para os rins, ou outras doenças que tornam a gravidez de risco, a paciente é encaminhada para o HMML. No hospital, ela recebe apoio multiprofissional, com médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e assistente social, que farão um acompanhamento mais detalhado para que essa mãe não venha a ter um parto prematuro ou outras complicações”, orienta o ginecologista.
Carlos Filho ainda ressalta que as doenças mais comuns durante a gravidez são diabetes, hipertensão e infecções, principalmente, a urinária. “Algumas mulheres acham que, por não sentirem dores ou sintomas, não precisam realizar o pré-natal. Isso é um erro grave, pois alguns problemas como infecção urinária podem não causar sintomas visíveis. Porém, ela é um dos principais fatores que causam o rompimento precoce da bolsa”, alerta o especialista.
O médico reforça que durante o pré-natal a mulher recebe informações gerais a respeito da gravidez, sobre o seu corpo, o feto, desconfortos, controle de peso, alimentação saudável, possíveis manchas na pele que podem surgir e os cuidados com o recém-nascido, como a importância da amamentação.
Além das Unidades Básicas de Saúde, a mulher pode encontrar apoio com a equipe de profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Estratégia Saúde da Família (ESF), que prestam serviços de saúde multiprofissional para a população.
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