Sinsepeap realiza roda de conversa em escolas de Macapá
O Sinsepeap na Escola estará presente dia 29, quinta-feira, na Escola Estadual Maria Ivone de Menezes.

A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Estado do Amapá (SINSEPEAP) iniciou o ciclo de visitas e diálogo com professores da rede pública em escolas do Amapá. O projeto denominado “Sinsepeap na Escola – quem bate na escola maltrata muita gente”, foi criado para discutir e combater o assédio e as diversas violências que ocorrem diariamente no ambiente escolar, assim como esclarecer as lutas e os ganhos sociais que a entidade vem conquistando para os servidores da educação no estado.
O encontro com os professores ocorreu na Escola Estadual Deuzuite Cavalcante, no bairro do Perpétuo Socorro em Macapá, e além da violência em sala de aula, outros assuntos debatidos, como a falta de estrutura das escolas públicas, as perspectivas para a categoria com a atual conjuntura política nacional, a atuação do sindicato pela defesa dos direitos dos servidores da educação, e o projeto de lei Escola Sem Partido, que na prática funcionaria como mordaça para o professor, atentando contra sua liberdade de cátedra.
A diretora de Políticas Sociais e de Gênero, Alinne Brito, ressaltou como a violência na escola é um reflexo das violências que ocorrem também fora de sala. “Ainda não dispomos dos números de quantos professores e alunos são afetados pela violência, mas só no município de Macapá foram registrados mais de 3.500 casos de violência contra a mulher, vários deles culminando até em feminicídio. Muitas destas mulheres são também mães de alunos e a tendência é que o ciclo de violência seja reproduzido também no ambiente escolar”. Os dados citados por Alinne Brito são do Centro de Referência e Apoio à Mulher – CRAM.
A professora Solange Perez aprovou a iniciativa do Sinsepeap. “Eu tenho 25 anos de contribuição como servidora no estado e esta é a primeira vez que vejo o sindicato presente na escola, buscando saber das necessidades e dificuldades que nós enfrentamos diariamente”.
Outro assunto abordado na reunião foi a proposta do candidato eleito à presidência de converter a educação básica em ensino à distância. A presidente do Sinsepeap, Kátia Almeida, avalia a medida como prejudicial à sociedade e manifesta preocupação com a proposta. “Se aprovada, esta medida além de causar demissão em massa de professores e o sucateamento do ensino, a educação sequer chegaria às regiões periféricas do país, como a Amazônia, onde ainda não dispomos de meios como internet de qualidade. Essa proposição é em si também uma violência, simbólica, contra a educa&cc edil;ão brasileira e os profissionais da educação”.
O Sinsepeap na Escola estará presente dia 29, quinta-feira, na Escola Estadual Maria Ivone de Menezes.
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