Cidades

Exército diz que é preciso localização de aeronave para que equipes entrem na mata

Exército Brasileiro emitiu nota informando que atua nas buscas pelo monomotor que desapareceu durante voo entre aldeia indígena do Tumucumaque e Laranjal do Jari


Piloto e um grupo de indígenas estão desaparecidos

A 22ª Brigada de Infantaria de Selva emitiu nota sobre o pedido informal de ajuda feita na segunda-feira (17) pela filha do piloto Jeziel Barbosa de Moura, o ‘Moita’, de 61 anos, que comandava o avião monomotor de prefixo PT-RDZ, e que desapareceu no dia 2 de dezembro na Floresta Amazônica após ter decolado da aldeia Matawaré, no Pará, com, destino a Laranjal do Jari (AP). O piloto fez contato com outra aeronave 25 minutos após a decolagem e desapareceu dos radares.

Flávia Ferreira de Moura, de 29 anos, pediu a intervenção do Exército Brasileiro durante apelo no programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM). Ela reconheceu o empenho da Força Aérea Brasileira (FAB), mas disse que o Exército poderia auxiliar por via terrestre na região de mata densa.

Em nota o Exército afirmou que o Pelotão Especial de Fronteira de Tiriós vem acompanhando e apoiando o trabalho realizado pela equipe de busca e salvamento da Força Aérea Brasileira.

“Esta equipe é altamente especializada, dispondo de profissionais capacitados e equipamentos com alta tecnologia. A missão de identificação do local da aeronave e a realização dos primeiros socorros às vítimas são de responsabilidade desta equipe SAR. O Exército é empregado, numa segunda etapa, para apoiar no resgate em solo ou realizar a segurança do local”, diz trecho da nota.

O Exército informou ainda que a equipe de salvamento da FAB está alojada nas instalações do pelotão de fronteira, e que as buscas vinham sendo feitas  por um helicóptero H-60 L Black Hawk, apoiado por uma aeronave C 130 Hércules.

“Militares do Exército estiveram embarcados para apoiar nas buscas aéreas, tendo por objetivo identificar o local da aeronave e efetuar o resgate. O helicóptero pousou em algumas comunidades indígenas para buscar algum indício sobre uma possível localização da aeronave desaparecida, contudo as informações obtidas não permitiram localizar a aeronave”, destaca outro trecho da nota.

Após 12 dias de buscas a Força Aérea passou a utilizar uma Aeronave SC 105 que possui alta tecnologia embarcada com equipamentos capazes de identificar metal no interior da Selva. Apesar disso, nesta segunda-feira (17) sem indícios da localização da aeronave, a FAB, também por meio de nota, informou a suspensão das buscas após 128 horas de voos numa área de área de 12.550 quilômetros quadrados, o equivalente a cerca de 12 mil campos de futebol. As aeronaves cumpriram padrões internacionais de voo, mas a mata densa e região montanhosa dificultaram o trabalho das equipes.

Um grupo de garimpeiros e indígenas segue procurando pela aeronave por via terrestre.

“É importante ressaltar, por fim, que, desde o início das buscas aéreas, o Exército mantém uma equipe pronta para ser empregada quando os vestígios da aeronave desaparecida forem localizados”, conclui a nota.

 


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