Joel Banha reage contra decisão do PT que o expulsou do partido e diz ser alvo de vingança
Sua expulsão teria como causa suposta ausência de prestações de contas do partido no período em que presidiu a legenda

O ex-deputado estadual Joel Banha usou “Nota de Esclarecimento” para reagir contra a decisão do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Amapá que, pelo placar de 18 votos a favor e 16 contra, o destituiu da função de secretário de Relações Institucionais no estado e cancelou sua filiação partidária.
A decisão teve como base relatório de Marcos Roberto Marques da Silva, atual vice-presidente do partido, em processo disciplinar aberto a pedido de Franco de Sá Aezza e Ivanéia de Souza.Joel foi presidente do PT no Amapá no período de 2014 a 17 de julho do ano passado, e é filiado desde 1986.
Sua expulsão teria como causa suposta ausência de prestações de contas do partido no período em que presidiu a legenda.
De acordo com Joel, antes mesmo de apresentar sua defesa junto à Comissão Executiva Estadual do PT, houve julgamento e condenação pública prévia, através da mídia local por meio de informações distorcidas protagonizadas por dirigentes petistas, contrariando os procedimentos disciplinares estabelecidos pelo código de ética e pelo estatuto do PT.
“Esclareço que apresentei a defesa prévia no partido, refutando todos os questionamentos que foram feitos por dirigentes partidários, assim como protocolei documentos com 390 páginas, contendo comprovantes de notas fiscais e contratos que foram realizados no ano de 2015”, diz o ex-presidente em um dos trechos da nota. Segundo Joel, mesmo diante da comprovação da sua inocência e da ausência de fundamento legal para acusações levianas, ferindo diversos dispositivos legais do estatuto do PT, ele foi condenado internamente por um processo que considera claramente político orquestrado por dirigentes partidários. “O mesmo grupo, que por sinal vem desrespeitando de forma reiterada decisões como o encaminhamento da Executiva Nacional do PT que decidiu que o partido deveria realizar aliança programática para o governo e senado com o PSB”, acrescentou.
Joel Banha questiona que apenas ele foi levado a “julgamento”, deixando a atual direção de incluir no processo os membros do conselho fiscal, que internamente são responsáveis pela análise da prestação de contas e emissão de pareceres, bem como o secretário de Finanças do partido (que substituiu o secretário Edson após o seu falecimento), que também deveria ser parte no processo.“Outro fato é que em 2016, ano eleitoral e ano que é apresentado a prestação de contas de 2015, duas pessoas essenciais que cuidavam da prestação de contas do partido, o secretário estadual de Finanças e mais a secretária Executiva contratada pelo partido faleceram, nos causando transtornos e perda irreparável para o partido”, comenta.
Na avaliação de Joel Banha o PT Amapá precisa de mais união, menos perseguição política e canibalismo, expedientes espúrios que são usados internamente para tentar eliminar pelo uso da força os adversários que divergem politicamente da condução do partido. “Precisamos resistir a esse tipo de ataque, que não fere apenas o cidadão Joel Banha, mas todo o conjunto do partido que preza pela defesa da presunção de inocência (caso Lula) e pela liberdade interna de posições das correntes internas do partido”, opina, acrescentando que reafirma seu compromisso de esclarecer os fatos e irá recorrer às instâncias superiores (Executiva e Diretório Nacional) e na justiça comum para provar sua inocência. “Este episódio tem cheiro de vingança e retaliação, parecendo uma peça de ficção, que sequer descreve ou menciona, que ao apresentar minha defesa, apresentei documentos com provas essenciais que comprovam os fornecedores e serviços prestados durante a nossa passagem pelo comando do PT. Repudiamos a tentativa grosseira de disseminar a informação mentirosa de que desviei recursos financeiros do Partido dos Trabalhadores. Tentar criar fatos que digam o contrário é desonesto e algo que não pode ser tolerável no meio político e partidário.Ao contrário do que foi divulgado por meus opositores do PT, tenho uma vida política ativa. Durante minha vida pública, nunca fui condenado, o que não poderia deixar de despertar o ódio de muitos, que agora estão em franca campanha de desmoralização da minha história”, concluiu.
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