Filha de piloto desaparecido na selva amazônica diz que governo e políticos são omissos
Já se passaram 25 dias desde que o avião desapareceu no percurso entre Pará e Amapá, e buscas se restringem apenas a um pequeno grupo de garimpeiros e índios, sem apoio de qualquer órgão oficial.

Flávia Ferreira, de 25 anos, filha do piloto Jeziel Barbosa de Moura, de 61 anos, o ‘Moita’, cujo avião que pilotava tendo a bordo um número ainda não devidamente confirmado de índios que viajavam de Oiapoque para a Laranjal do Jarí, e que desapareceu antes de chegar ao seu destino, no dia 2 de dezembro, acusou nesta quinta-feira (27) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) o governo federal de omissão por causa da não retomada das buscas que foram encerradas 15 dias após o acidente pela Força Aérea Brasileira (FAB).
“Hoje [27 de dezembro] fazem 25 dias sem qualquer informação; temos notícias de que a Funai (Fundação Nacional do Índio) enviou um documento ao Ministério da Defesa pedindo a retomada das buscas e estamos aguardando a resposta. Nossa maior aflição é porque todo mundo está de recesso por causa das festas de fim de ano e, pelo visto, teremos que esperar mais dias para que as buscas sejam retomadas [se forem]; enquanto isso, temos que nos valer da esperança do trabalho heroico de um pequeno grupo de garimpeiros e índios que está fazendo buscas por terra, no meio da selva”, desabafou.
Ela criticou o que chamou de “omissão” do governo federal. “Estamos torcendo para que o Ministério da Defesa mande equipes especializadas em selva para fazer as buscas, mas não se sabe se isso vai ocorrer ainda durante o recesso, porque parece que ninguém está preocupado com eles; o governo e os políticos estão de braços cruzados, numa omissão inaceitável; duvido que se fosse um político, uma pessoa conhecida, eles teriam encerrado as buscas; infelizmente são pessoas comuns, são nortistas, e ninguém está nem aí, e temos que suportar a dor da dúvida se meu pai está vivo, se está morto, se está com frio, fome e sede; mas infelizmente a gente vai ter que esperar, isso é Brasil mesmo!”, reclamou.
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