Preso pela Polícia Federal, Bertoldo Neto teve exoneração do cargo no Imap recomendada pelo MPF
O MPF/AP entendeu que eram incompatíveis as atividades exercidas pelo empresário com as funções do cargo no órgão que, entre outras atribuições, controla, fiscaliza e licencia ou emite autorizações ambientais para empreendimentos.

O engenheiro florestal Bertoldo Dewes Neto, preso nesta quinta-feira (14) em operação da Polícia Federal, chegou a ser alvo de uma recomendação do Ministério Público Federal, em 2017, para que fosse exonerado do cargo pelo governador Waldez Góes. Mas ele só saiu do cargo depois de anunciar que disputaria cargo eletivo na eleição geral de 2018. À época, o MPF alegou que a medida visava evitar conflito de interesse.
O documento assinado por procuradores da República atuantes nas matérias de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico e Cultural foi resultado de investigação para apurar a regularidade na nomeação de Bertholdo Dewes Neto. Empossado em cerimônia governamental no dia 24 de abril de 2017, Bertoldo foi apontado como sócio em pelo menos cinco empresas que exercem atividades nos ramos madeireiro e agronegócio.
O MPF/AP entendeu que eram incompatíveis as atividades exercidas pelo empresário com as funções do cargo no órgão que, entre outras atribuições, controla, fiscaliza e licencia ou emite autorizações ambientais para empreendimentos.
O MPF salientou que, devido às suas atividades empresariais, existia a possibilidade de o então diretor-presidente do Imap influir em atos de gestão que pudessem lhe beneficiar, o que configuraria conflito de interesse. “O combate ao conflito de interesses na Administração Pública deve ser realizado prévia, concomitantemente e post eriormente ao exercício do cargo ou emprego público”, esclarecia o órgão na recomendação.
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