Juiz condena ex-diretores da Organização de Cooperativas do Brasil no Amapá por desvio de recursos
A pena foi substituída por medidas restritivas, como a prestação de serviços comunitários e a proibição de frequentar certos lugares públicos.

Por Paulo Silva
O juiz Ailton Marcelo Mota Vidal, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Macapá, condenou a dois anos de prisão Gilcimar Pureza e Benedito dos Santos na condição de dirigentes da Organização de Cooperativas do Brasil (OCB).
A condenação de Gilcimar Pureza e Benedito dos Santos é resultado de ação penal que investigou desvio de dinheiro público na construção da sede da organização, repassado pelo governo do Amapá, entre 2008 e 2010. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Gilcimar e Benedito fraudaram licitação e desviaram mais de R$ 155 mil. Das duas parcelas do repasse de R$ 217 mil do convênio com a Secretaria de Infraestrutura (Seinf), somente R$ 50 mil teriam sido aplicados na obra, conforme resultado de perícia técnica.
Gilcimar Pureza, que mais tarde foi preso pela Polícia Federal na segunda fase da Operação Senhores da Fome – investigação do desvio de mais de R$2 milhões, com participação da OCB, da merenda dos alunos de escolas estaduais – sempre negou as acusações no caso da construção da sede da organização.
Além de Gilcimar Pureza e Benedito dos Santos, foram processados gestores da Seinf e empresários, tendo havido troca de acusações acerca do pagamento de propina para a liberação dos recursos financeiros, mas apenas os dois dirigentes da OCB foram condenados pelo juiz Ailton Vidal. Cabe recurso.
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