Sargento da PM acusado de arquitetar morte de testemunha de crime vai a júri popular
Sargento que aguardava processo em prisão domiciliar teve a prisão preventiva decretada e agora será levado a júri popular. Esposa dele também será julgada.

O sargento da Polícia Militar José Wilson Maciel Cantuária teve a prisão domiciliar transformada em preventiva nesta segunda-feira (25) pela juíza Simone Moraes, da 1ª Vara do Tribunal de Júri de Macapá.
Ele foi denunciado como mandante e autor intelectual do assassinato do trabalhador Micherlon da Silva Aleluia, assassinado a tiros na noite de 12 de março do ano passado enquanto pedalava uma bicicleta pela rua Hildemar Maia, bairro Buritizal.
- Vítima pedalava bicicleta na noite em que foi executada
Micherlon era a principal testemunha de outro homicídio imputado ao policial e que teve como vítima o funcionário público Joaquim Rubilota, morto também a tiros no dia 21 de maio de 2016. A esposa do sargento, Hellen Crhiystine Gonçalves Pinheiro, atuou na morte de Micherlon fazendo o levantamento de informações da rotina da vítima e também está presa em regime domiciliar
Após o crime a polícia conseguiu provas robustas sobre o envolvimento dos acusados. No dia 21 de junho do ano passado o sargento, a esposa e o policial militar Lucas Vilhena Batista Filho – que também é acusado de envolvimento na morte de Micherlon – foram presos durante a Operação Letus, deflagrada conjuntamente pela Polícia Civil e Ministério Público do Amapá.
- Corpo foi removido para necropsia
Após vários desdobramentos a juíza Simone Moraes considerou em seu despacho que o sargento Cantuária – solto – representa perigo à instrução processual e que casos como o da testemunha assassinada podem voltar a ocorrer. Com a decisão, Cantuária ficará preso em regime fechado.
Ainda de acordo com a magistrada, o casal será levado a júri popular. O julgamento, porém, ainda não tem data marcada. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do sargento e da esposa dele.
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