Política

MPT no Amapá notifica Jari Celulose para tratar de demissões em massa

Neste mês de julho, empresa paralisou atividades e dispensou cerca de 150 empregados sem quitar verbas rescisórias


Empresa demitiu 180 funcionários e ameaça novas demissões. Os trabalhadores demitidos não receberam os direitos trabalhistas e os que permanecem estão com salários atrasados.

A empresa Jari Celulose, localizada na divisa dos estados do Amapá e Pará, na região do Vale do Jari, foi notificada pelo Ministério Público do Trabalho PA/AP (MPT) para prestar esclarecimentos acerca da situação vivenciada por trabalhadores que residem em Vitória e Laranjal do Jarí. Neste mês de julho a empresa anunciou a dispensa de aproximadamente 180 empregados, que não teriam recebido as verbas rescisórias devidas.

Nesta semana o Diário mostrou o drama vivido por mais de 2 mil trabalhadores do quadro efetivo da empresa e das terceirizadas. O comércio já sente o impacto negativo em razão da ausência da circulação de dinheiro, já que existem informações de que os salários dos trabalhadores em atividades estão há quatro meses atrasados

A audiência requisitada pelo MPT acontece na próxima terça-feira (30) e tem como objetivo a tentativa de solução extrajudicial da situação dos trabalhadores atingidos, diante do quadro de recuperação judicial anunciado pela empresa. O Ministério Público do Trabalho instaurou inquérito civil no último dia 16, a fim de acompanhar o reflexo trabalhista decorrente da atual crise pela qual passa o empreendimento, iniciado na década de 1960.

A Jari Celulose teve o pedido de Recuperação Judicial – processo pelo uma companhia endividada consegue prazo para continuar operando enquanto negocia com credores, sob mediação da Justiça – deferido pela Justiça Estadual do Pará no mês de julho, ao alegar não ter condições de continuar suas atividades produtivas.


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