Decretada prisão preventiva do homem que matou a esposa com tiro em Porto Grande
Crime ocorreu nesta quarta-feira (28), na residência do casal, localizada na zona rural do município de Porto Grande. Polícia trata o caso como feminicídio.

Elden Carlos e Jair Zemberg
Da Redação
A juíza Laura Costeira Araújo de Oliveira, da Vara Única da Comarca de Porto Grande, município distante 105 quilômetros de Macapá, converteu em preventiva a prisão em flagrante de Geovane do Carmo da Cruz, de 22 anos, que assassinou com um tiro de espingarda calibre 12 sua companheira Adriely Alves Duarte, de 20 anos. O crime ocorreu nesta quarta-feira (28) na residência do casal, localizado na altura do quilômetro 117 da BR-210, zona rural de Porto Grande.

A prisão foi convertida na manhã desta quinta-feira (29) durante audiência de custódia. A magistrada considerou a gravidade do caso tratado como femínicídio, crime inicial pelo qual o delegado Bruno Braz, da Polícia Civil, indiciou Geovane Cruz.
A juíza fundamentou a legalidade da prisão e disse serem evidentes os requisitos para o pedido da prisão preventiva. “O flagrante está em ordem, razão pela qual reconheço a sua legalidade, eis que embora o custodiado tenha se apresentado perante a autoridade policial, desde o conhecimento do fato a polícia estava no encalço do suposto autor. O custodiado foi preso em flagrante delito e na comunicação de prisão em flagrante existem indícios suficientes de autoria e materialidade de crime contra a vida, retirados dos elementos até então colhidos, especialmente fotografias e a própria confissão do preso”, expressa.
A magistrada ainda observa que a prisão de Geovane representa a segurança do próprio custodiado. “A gravidade da infração e a indignação social, por ora, justificam a decretação da medida extrema. Inclusive, se faz necessário como segurança para o próprio autor, porque cometeu um crime grave contra sua companheira, o que é altamente repudiado pela sociedade, e cobrado da justiça, inclusive a nível de CNJ, celeridade e efetividade do combate a tais crimes. Tal entendimento, contudo, não significa que este Juízo esteja procedendo a qualquer valoração antecipada de provas, mas, tão somente, analisando as circunstâncias do caso concreto para valoração sobre a necessidade da prisão”, fundamenta.
Laura Costeira também declarou, no despacho, que “Conceder a liberdade ao custodiado ou aplicar medidas cautelares, no momento, seria o mesmo que incentivar a criminalidade, gerando nas pessoas de bem o pior sentimento que pode existir: o da impunidade e do medo”, especifica.
A defesa de Geovane Cruz, feita pelo advogado Adaian Lima, declarou que vai ingressar com pedido de liberdade de seu cliente, já que para eles [defesa] o tiro que matou a jovem foi um incidente, uma fatalidade.
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