Política

Encontro busca equilíbrio no desenvolvimento de políticas públicas para mulheres

Organizado pela Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Estado (CRE), representantes brasileiros e franceses se reúnem com o mesmo desafio: integração regional.


Durante dois dias, as atenções estarão voltadas para a cidade de Oiapoque, no extremo norte do Amapá, palco do II Encontro Transfronteiriço de Mulheres, que acontece de 7 a 8 de novembro, no auditório do Fórum da Comarca do município. Organizado pela Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Estado (CRE), representantes brasileiros e franceses se reúnem com o mesmo desafio: integração regional.

Este ano o encontro tem como tema “Avançar em Políticas Públicas para as Mulheres na Área de Fronteira, Amapá, Guiana Francesa”. O evento é um compromisso firmado no encontro realizado em 2018 e representa avanço em relação ao primeiro evento quando foi elaborada a Carta Aberta do Oiapoque com uma série de reivindicações para atender aos reclames constatados no encontro.

A segundo edição do encontro está organizada em quatro painéis: Trabalho da Mulher na Região de Fronteira; Segurança Pública para as Mulheres na Área de Fronteira, com ênfase a prevenção da violência doméstica e redução do feminicídio e Tráfico e Prostituição na Área de Fronteira e Políticas Públicas para a Saúde da Mulher.

Os debates devem resultar em um plano de ação conjunta, mas é difícil chegar a um consenso, quando se trata de diferentes realidades. Mas, para a presidente da CRE da Assembleia Legislativa, deputada Cristina Almeida (PSB), apesar das diferenças os dois lados apostam no bom relacionamento e na economia de mercado e em interesses comuns as cidades-gêmeas (Oiapoque e Saint-Georges).

“Tratar da melhora da condição de vida das mulheres em nossa fronteira tem um enorme impacto sobre a noção de cidadania e desenvolvimento sócio econômico equilibrado, pois uma grande parte do trabalho no comercio e serviços é executado por elas. Ao mesmo tempo transitam na fronteira buscando resolver problemas de direitos a segurança pública, saúde e educação para suas famílias, que muitas vezes estão localizadas em ambos países”, sustenta a deputada Cristina Almeida.

“A expectativa é amadurecer esses entendimentos para influenciar os gestores para essa abordagem quando se reúnem em eventos oficiais como a Comissão Mista Transfronteiriça ou no Conselho do Rio Oiapoque por exemplo. Por fim deve ser elaborada uma nova Carta das Mulheres do Oiapoque para manifestar esses resultados e cobrar por políticas públicas apropriadas”, complementa a parlamentar.


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