Infrator que confessou 8 assassinatos morre em confronto com a Rotam
Confronto ocorreu na manhã desta terça-feira (05), em Santana. Infrator morto assumiu, durante uma de suas apreensões, ter assassinado 8 desafetos que no passado eram seus aliados
Foragido do Centro Socioeducativo de Internação Masculino (Cesein), o infrator Randreo Paulinho Fonseca, de 16 anos, o ‘Neguinho’, morreu na manhã desta terça-feira (05) durante confronto com policiais da Ronda Ostensiva Tático Motorizada (Rotam) em uma vila de quitinetes localizada na Avenida José de Anchieta, bairro Central, no município de Santana, distante 17 quilômetros de Macapá.
Segundo o tenente Willian Bastos, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) havia recebido uma denúncia anônima de que o infrator havia se mudado para o local há uma semana, e que desde então a movimentação de pessoas desconhecidas era intensa na vila.
A situação se agravou depois que Neguinho foi visto carregando uma arma de fogo. “Recebemos a denúncia de que poderia estar havendo reunião de marginais nesse local e a mercancia de drogas. Assim que chegamos e nos identificamos, o suspeito efetuou vários disparos de uma pistola calibre 380. No revide ele acabou alvejado. Acionamos o resgate médico, mas ele não resistiu”, disse o tenente.
Com Neguinho foi apreendida a arma usada no confronto. O corpo do infrator foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec) para ser necropsiado.
Oito assassinatos
Ainda de acordo com o tenente Willian Bastos, Neguinho era investigado por envolvimento em 8 assassinatos, todos eles confessados pelo próprio infrator durante apreensão recente. Os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil.
Segundo as investigações, Randreo Neguinho pertencia a uma facção criminosa da qual se ‘desligou’. Ele migrou para outra organização onde passou a cometer assaltos em série. Como conhecia o ‘modus operandi’ dos antigos aliados, passou a armar emboscadas para os ex ‘irmãos’ de crime, promovendo execuções.
Os oito mortos contabilizados por Neguinho seriam os mesmos que, no passado recente, o auxiliavam no cometimento de ações criminosas diversas. Os ataques eram sempre violentos, o que se tornou uma marca do infrator que queria ganhar status de chefe dentro do grupo criminoso.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
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