Novo prefeito de Calçoene diz que plano de gestão busca recuperar o município
A vice-prefeita do município renunciou ao cargo denunciando esquemas de corrupção na gestão de Jones Cavalcante, prefeito eleito. De acordo com a Constituição Federal, na linha de sucessão quem assume é o presidente da Câmara de Vereadores, no caso, Júlio Sete Ilhas.

Railana Pantoja – Da Redação
Eleito com 155 votos nas eleições municipais, em 2016, o vereador Júlio César Buscarons, o ‘Júlio Sete Ilhas’, tomou posse definitiva no último dia 12 de dezembro como prefeito do município de Calçoene, distante 374 quilômetros da capital, Macapá. Júlio era presidente da Câmara de Vereadores e tomou posse no cargo após Jones Cavalcante, prefeito eleito, ser preso em Operação do MPF e ter o mandato cassado no dia 29 de novembro.
A vice-prefeita, Ângela Avelar, renunciou ao cargo denunciando esquemas de corrupção na gestão de Jones. Como presidente da Câmara de Vereadores, Júlio era o segundo na linha sucessória. Em entrevista do programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) na manhã desta quarta-feira (18), o prefeito confirmou que o município enfrenta muitos problemas administrativos, mas que medidas estão sendo tomadas para colocar a máquina pública nos trilhos.
“Recentemente teve êxito um pregão eletrônico para contratar uma empresa de software de gestão, para atingir todos os órgãos da prefeitura, seja de gestão, finanças, educação ou saúde. Queremos simplificar a vida do cidadão e também dar transparência aos atos administrativos”, explicou.
De acordo com Júlio, esse software terá link com o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público. “Em janeiro entraremos em fase de implantação e a gente acredita que a partir daí, junto com uma reforma administrativa, daremos uma cara nova, mais moderna e transparente à gestão”, completou.
Como parte da reforma administrativa, um recadastro de funcionários efetivos foi feito. “40 funcionários não apareceram, aí a gente corta o pagamento e vê o que aconteceu; se é uma negligência da pessoa de não ter atendido ao chamado ou se realmente está ‘passeando’ longe”, falou Júlio.
Com a instabilidade de gestores, as finanças de Calçoene ficaram desorganizadas e muitos recursos não foram recebidos, mas o prefeito garante que conseguirá fechar o ano com o pagamento atualizado dos servidores. “Já pagamos uma parcela do 13° em julho e agora estamos quitando, creio que vamos sim terminar o ano com a folha de pagamento em dia. Estamos tentando passar o ano de maneira tranquila, com as contas equilibradas. Temos parcerias com o Governo Federal vindo aí”, anunciou.
Sete Ilhas disse ainda que mantém diálogos com o governador Waldez Góes e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. “Estamos dialogando em busca de parcerias para sanear as contas e reorganizar o município. Isso vai desde a coleta de lixo até investimentos em áreas determinantes como a educação”, confirmou.
Quanto à possibilidade de encarar o pleito municipal de 2020 o agora prefeito foi enfático: “Se conseguirmos colocar o plano de gestão em prática e promover as mudanças esperadas, certamente que teremos condições de pedir o deferimento da população para tocar o trabalho. Isso é algo que será avaliado. A prioridade, agora, é reorganizar a casa”, concluiu.
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