Política

Tjap se prepara para entrada em vigor do pacote com juiz de garantias

Presidente do tribunal, desembargador João Lages, afirma que medida pode ser implantada sem custos adicionais.


Douglas Lima – Da Redação

 

Defensor declarado da instituição do juiz de garantias, o presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), desembargador João Guilherme Lages, marcou reunião com toda a magistratura do Amapá para debater o assunto no início de janeiro de 2020.

Lages adiantou que os presidentes dos tribunais de justiça do país já vêm debatendo a criação do juiz de garantias, desde que o presidente Jair Bolsonaro sancionou o pacote anticrime, dia 24 passado, para entrar em vigor em 23 de janeiro. Ele falou no programa ‘Togas e Becas’ (Diário 90,9) deste sábado, 28.

“Já temos uma reunião marcada para o início de janeiro, assim que termine o recesso judiciário, para que o Tribunal de Justiça do Amapá esteja bem posicionado antes que a lei entre em vigor”, informou o desembargador.

João Lages pontuou que as pessoas que levantam voto contra o juiz de garantias têm preocupações descabidas, porque se houver vontade política a medida pode ser implantada sem impacto financeiro.

O presidente observou que o argumento de falta de recursos não é motivo para não se implantar o juiz de garantias, e afirmou que o Tjap está com uma equipe pensando uma forma de operacionalizar a medida sem custo adicional.

Lages lembrou que o juiz de garantias não é nenhuma novidade no mundo, como garantia do direito e do combate ao arbítrio, sendo realidade em países como Espanha, Itália, Portugal e até no Chile.

O desembargador reforçou, em defesa da medida, que juízes, promotores de justiça e policiais, que têm o compromisso de cumprir a lei, não estão preocupados com a presença de um juiz de garantias ao seu lado, pois isso dará liberdade para que o juiz de instrução tome decisões escorreitas.

João Guilherme Lages afirmou que o estado do Amapá não terá problemas de atuar com juiz de garantias em municípios onde só haja um magistrado, uma vez que a Justiça dispõe de tecnologia que dá condições de um julgador da capital atuar à distância em processos do interior.


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