Ex-genro e filha que mataram casal em Porto Grande são denunciados pelo Ministério Público
Denúncia foi ofertada pelo promotor de Justiça Wueber Penafort. Crime ocorreu em concurso de pessoas. Bruno Corrêa e Fabíola Leão foram denunciados por duplo homicídio qualificado.

Elden Carlos – Editor
O Ministério Público do Amapá (MP-AP) denunciou Bruno Corrêa Fonseca, de 30 anos, e Fabíola de Souza Leão Borges, de 19 anos, por duplo homicídio qualificado que teve como vítimas o casal Marilene Conceição de Souza, de 42 anos, e Marcos Leão Borges, de 43 anos, que eram pais de Fabíola e de quem Bruno foi genro por dois anos.
O casal foi assassinado na madrugada do dia 6 de janeiro deste ano, dentro de casa, no bairro Área 6, na sede do município de Porto Grande, distante 102 quilômetros de Macapá. Fabíola e o ex-marido tramaram e executaram o plano de assassinato.
O promotor de Justiça Wueber Penafort, da Promotoria de Porto Grande, deixa explicito na denúncia de que “A materialidade e os indícios de autoria delitiva estão claros nos autos, corroborado pelo laudo de exame do Local do Crime e LECD que será oportunamente juntado aos autos”, destaca o promotor, complementando: “O caderno inquisitorial revela que na dinâmica dos fatos Bruno se incumbiu de imobilizar o pai de Fabíola para que esta o acertasse com um disparo de arpão. Em seguida, Bruno passou a desferir golpes de arma branca nesta vítima finalizando o intento homicida. Logo após, a própria Fabíola partiu para atingir a mãe com golpes de arma branca na região do pescoço.
Penafort descreve: “Pelo exposto, o Ministério Público denuncia a Vossa Excelência, Bruno Correa Fonseca e Fabíola de Souza Leão Borges, como incursos, no art. 121, §2º, incisos I e IV, com as agravantes do art. 61 e, ainda, do art. 69, todos do CPB, pelo que se requer a autuação e o recebimento da presente, instaurando-se processocrime, e após serem pronunciados, levados a julgamento pelo egrégio Tribunal do Júri.
O caso
A Polícia Civil do município de Porto Grande, distante 102 quilômetros da capital, prendeu no início da noite de segunda-feira (06), em Macapá, Bruno Corrêa Fonseca, de 30 anos, que confessou ter assassinado na madrugada do mesmo dia, na sede do município portograndense, o casal Marilene Conceição de Souza, de 42 anos, e Marcos Leão Borges, de 43 anos, de quem ele foi genro por dois anos.
Bruno estava escondido em uma pousada no bairro Santa Rita, zona sul de Macapá. Ele confessou envolvimento no crime e declarou que os assassinatos vinham sendo planejados há dois anos pela filha do casal, Fabíola de Souza Leão Borges, de 19 anos, com quem ele tem dois filhos, sendo uma criança de três meses e outra de 1 ano e sete meses. Bruno e Fabíola estavam separados há sete meses.
Fabíola já havia sido presa pela manhã onde também confessou envolvimento nas mortes, mas atribui a Bruno o planejamento da ação. O delegado Bruno Braz, que presidiu o inquérito e comandou as prisões, disse que as divergências nos depoimentos foram devidamente esclarecidas com a acareação e a juntada de provas materiais e depoimentos.
Fabíola negou no primeiro depoimento que tivesse envolvimento, e que apenas viu Bruno invadir o imóvel e matar seus pais. Depois, no segundo depoimento, alegou ter aberto a janela de seu quarto para que Bruno entrasse.
Ele [Bruno] relatou, também em depoimento, que segurou Marcos Leão, e que Fabíola disparou o arpão que atingiu o peito da vítima. Depois, Bruno disse que o esfaqueou. O crime ocorreu dentro do banheiro do imóvel. O algoz também afirma que foi a própria filha que matou a mãe com um golpe de faca no pescoço.
Em apenas um ponto os suspeitos presos não divergiram. Fabíola e Bruno afirmaram que uma das motivações para o brutal assassinato eram as supostas violências sexuais cometidas por Marcos Leão contra a filha. Além disso, eles também disseram que o fato de os pais da mulher não aceitar o relacionamento deles serviu como combustível para o assassinato.
Deixe seu comentário
Publicidade


