Política

Randolfe defende que Davi apoie candidato da REDE à prefeitura de Macapá

Segundo o senador da Rede, a aliança existente desde 2012 não pode ser quebrada em 2020


Paulo Silva/Lana Caroline
Editoria de Política

Em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (15) ao programa “Luiz Melo Entrevista” (Rádio Diário FM 90.9), o senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) disse esperar que o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Congresso Nacional, possa apoiar o candidado do partido Rede na eleição para prefeito de Macapá em 2020.

“Tenho uma aliança com o Davi desde 2012. Neste ano Davi apoiou Clécio no segundo turno para a Prefeitura de Macapá; 2014 nós apoiamos e contribuímos com a eleição de Davi para o Senado; 2016 Davi apoiou a reeleição de Clécio, 2018 eu apoiei o Davi para o governo do Estado; 2019 os votos da REDE foram decisivos para Davi Alcolumbre ganhar eleição à Presidência do Senado no primeiro turno, 2020 é Clécio, e ele é do partido da Rede, então a prerrogativa de indicar, é da Rede Sustentatbilidade, é do Clécio. Isso tem que ser respeitado. Eu não go staria q ue nós tivessemos divisões, ser separados, mas tem uma sequência lógica que precisa ser seguida e obedecida. Peço a compreensão com companheiro Davi, a isso, que a manutenção dessa aliança passa por respeitarmos o que pensa o prefeito e a indicação da Rede. Tenho um respeito pelo Davi. Temos trabalhado juntos para garantir recursos para o Amapá, agora, o ideal era ter mantida a aliança na base do respeito nessa alternância, nessa ordem histórico-cronológica.

Indagado se a ideia seria que o senador Davi não indicasse nenhum nome e apoiasse a Rede, Randolfe afirmou que “seria o óbvio, mas não sou eu que digo, é a história. 2012 pra cá veja a conta, esta era a vez de uma indicação da Rede à prefeitura de Macapá. Então nós não vamos subverter a ordem e nós esperamos que Davi compreenda e esteja junto apoiando a candidatura defendida pela Rede”.

Para Rodrigues, ainda este mês o partido deve definir seu candidato a prefeito de Macapá, e que essa responsabilidade será do prefeito Clécio Luís. “A Rede tem que ter candidato, pois não se pode pensar em 2022, eleição para governador, sem passar por 2020, e eu quero respeitar a última palavra do prefeito. Vários nomes surgiram, mas o crivo final está na mão da liderança que é o Clécio”, afirmou.

VICE DA REPÚBLICA E ATAQUES DE BOLSONARO


Sobre a possibilidade de estar sendo sondado para ser o vice na chapa de Ciro Gomes (PDT/CE) na disputa para a Presidencia da República em 2022, abrindo mão de disputar o governo do Amapá, Randolfe informou que está construindo uma aliança nacional em defesa da democracia e junto com Ciro Gomes. “Se eu for convidado para uma missão dessas, eu terei a maior honra em participar. E as portas estão abertas para o Clécio ser candidato a governador pela Rede&rdq uo;.

Acerca dos ataques que vem recebendo de pessoas ligadas ao presidente da República Jair Bolsonaro, o senador amapaense reagiu: “Não quero que ele morra de amores por mim, agora eu quero que ele se preocupe com aquilo que é central. Se preocupar com o preço da carne; que teve um aumento de 35% em dezembro; com o preço do gás; a inflação dos mais pobres de dezembro foi de mais de 4,75%, foi a mais alta inflação para os mais pobres desde 2005; 12 milhões de desempregados ainda, boa parte deles se encaminhando para o subemprego. Então o que o presidente da República tem que fazer é cuidar do que é central. Minha posição polític a, eu re afirmo aqui, desde o inicio do governo: eu não sou nem situação automática nem a posição sistemática”.

Ao tratar de postagens que o acusam de produzir falsas informações acerca da lei do abuso de autoridade, Randolfe Rodrigues disse que o projeto de lei do abuso de autoridade o presidente vetou. Distorceram o título, pois na época do projeto ele (Randolfe) denunciou o projeto. “Teve uma ideia de projeto que foi apresentada para mim pela força-tarefa da lava jato. Eu fui um interlocutor do projeto da força-tarefa da lava-jato. Esse projeto foi derrotado por um substitutivo do senador Roberto Requião (MDB-PR). Eu denunciei esse substitutivo e, mobilizei contra. Quando ele foi retomado ano passado eu subescrevi um abaixo assinado contra a votação, votei contra. O presidente vetou vá rios tre chos do projeto, sancionou outros trechos a contragosto do ministro Moro. Inclusive tem um caso mal resolvido entre o ministro da Justiça e o presidente Bolsonaro, o ministro, na época propôs o veto total ao projeto, o presidente não fez o veto, vetou partes do projeto. A minha posição tem sido claramente, eu não sou nem situação automática nem a posição sistemática e eu só espero a postura de presidente da República”.

O senador afirmou ter estranhado o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter vetado no pacote anticrime o dispositivo ampliando em dobro o crime de noticias falsas na internet, e prometeu que na volta do recesso vai atuar para que esse veto seja derrubado no Congresso Nacional. Para ele, uma noticia falsa espalhada várias vezes compromete a honra das pessoas, e é um risco para vida e para a integridade física das pessoas.

Acerca dos ataques que vem sofrendo por parte de um apresentador de televisão do Estado do Amazonas, ligado ao presidente Bolsonaro, que o chama de senador DPVAT, Randolfe Rodrigues afirmou que quem é a favor do DPVAT é o presidente da República, e explicou: “o principal sócio acionista dessa história é um cidadão chamado Luciano bivar, presidente da seguradora Líder. Esse cidadão, ao mesmo tempo é presidente do PSL (Partido Social Liberal). O Luciano Bivar, até então amigo do presidente Bolsonaro, é o que mais lucra com o DPVAT. Uma medida provisória neste sentido, que propunha a extinção a partir das fraudes. O que nós fi zemos es sa semana foi um documento, uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) em relação a todas as fraudes e as nossas ações são as responsáveis diretamente pela redução do valor”.

Randolfe defende que o melhor formato para o DPVAT era o de 1996, quando não existiam seguradoras, e os valores eram pagos diretamente à vítima de algum acidente.

MERCADO CENTRAL


Autor da emenda parlamentar que possibilitou a reforma do Mercado Central de Macapá, a ser reinaugurado nesta quinta-feira (16), O senador Randolfe informou se tratar da primeira emenda que destinou para Macapá, em 2012.

“O Clécio foi eleito, e prometemos isso para o povo de Macapá, recuperar os símbolos e a autoestima amapaense. O mercado central é um dos símbolos mais representativos de Macapá. Ele é do ano de 1953, quando o capitão Janary Nunes determinou a construção e a inauguração. A emenda é de R$2 milhões. E amanhã (quinta-feira) na inauguração vamos apresentar outra emenda, que é para as pessoas que estão no entorno do mercado.


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