Macapá tem Novo Mercado Central após 67 anos
A reforma e ampliação foi realizada com emenda do senador Randolfe Rodrigues

Um dos principais símbolos de Macapá está reaberto. Nesta quinta-feira (16), o novo Mercado Central foi reinaugurado após ampliação e revitalização. A obra é resultado da emenda parlamentar do senador Randolfe Rodrigues (REDE), no valor de R$ 2,5 milhões e mais R$ 1,2 milhão de contrapartida da Prefeitura de Macapá, responsável pela obra. O mercado foi inaugurado há 67 anos e essa é a primeira grande reforma pela qual o prédio passou.
“Devolvemos o Mercado ao povo. Essas paredes tem história, memória e o povo precisa conhecer e reconhecer o que temos de melhor. O Mercado nasceu quando o Amapá se urbanizava, ao lado da imponente Fortaleza de São José, contrastava com as casas simples de pouco mais de mil e quinhentos moradores na época. Uma espécie de ‘shopping’, onde se encontrava de tudo um pouco”, explicou.

O senador destacou o papel dos pioneiros do Mercado que o mantiveram em pé durante tantos anos, sem apoio do poder público. “O Novo Mercado é um sonho realizado. Um sonho meu, do Luiz do Bar Du Pedro, do Neguinho do Diplomata, da Dona Astrid, da Dona Raimunda e de todos que amam o Mercado. Sou historiador e acredito no valor de guardar a nossa identidade. Eu e Clécio (Prefeito de Macapá) prometemos no início dos nossos mandatos devolver esse marco histórico do Estado”, completou o senador.
O prefeito de Macapá, Clécio Luís, reafirmou as dificuldades enfrentadas para dar andamento a obra em um período de crise que o país ainda atravessa e parabenizou o empenho da equipe da prefeitura e do senador em finalizar o trabalho. “Chegamos a fazer um grande abraço no Mercado e chamamos a sociedade para sonhar conosco, criamos laços aqui e lutamos para que a obra fosse entregue, ainda faltam alguns detalhes, mas tenho certeza que o Novo Mercado Central ficará como um importante marco da nossa gestão”, contou animado.
O senador Randolfe também destinou recursos para revitalização da área externa do lugar, no valor de R$1.350.00 e garantiu que destinará emenda para climatização do espaço.
A festa foi pela manhã no ritmo do marabaixo e MPA (Música Popular Amapaense) e finalizou a noite com um festival de Samba e Chorinho.
Estrutura
A obra manteve a arquitetura colonial, originária do Mercado, porém o número de boxes foi duplicado. Agora, são 63 boxes, sendo 21 quiosques com divisórias em vidro e mais 3 ilhas na área térrea, 24 no espaço superior (mezanino) e 15 boxes no entorno. Do total, 52 deles já estão ocupados. O local tem espaço para shows, elevador de acessibilidade, novas escadas, telhado termo acústico, piso em porcelanato e, na parte externa, calçadas por toda a área do entorno, além de um espaço de jardim na entrada e iluminação cênica com 10 projetores que reproduzem 256 cores diferentes na entrada do prédio. Ainda conta com obras de arte assinadas pelo artista amapaense de sucesso internacional Ralfe Braga, que também responde pela identidade visual do Mercado.
Capacitação
Além da obra de revitalização do Mercado, os empreendedores passaram por um processo de capacitação por cerca de seis meses via Sebrae Amapá, com orientações sobre a gestão empresarial nas áreas de vendas, atendimento, marketing pessoal e gastronomia. A capacitação foi executadas a partir de um Termo de Cooperação firmado entre o Sebrae no Amapá e a Prefeitura Municipal de Macapá, que contemplam os espaços do Bio Parque, Feira Maluca e Mercado Central.
Uma emenda parlamentar do senador Randolfe Rodrigues, no valor de R$ 310 mil, garante ao Sebrae capacitações permanentes a empreendedores do Mercado Central, pelos próximos 24 meses, com projetos que deverão ser encaminhadas junto ao Instituto Municipal de Turismo (MacapaTur). O objetivo é oferecer um atendimento de qualidade aos frequentadores do espaço.
História

O Mercado foi construído em 1952 e inaugurado em 13 de setembro de 1953 sob as lideranças do prefeito Claudomiro de Moraes e do governador Janary Nunes. O Mercado Central é um dos principais lugares para quem busca produtos variados. A meta principal dessa praça de comércio era, inicialmente, vender produtos da roça que desembarcavam no Trapiche Eliezer Levy: carnes bovina, suína, de aves e peixes, até de verduras, legumes, frutas e outros gêneros alimentícios. Mas não somente isso: ourivesaria, barbearia, drogaria, perfumaria, relojoaria, lanchonetes, restaurantes e sapateiros também estão à disposição.
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