Política

Governo libera recursos para projeto que autoriza reflutuação do navio Anna Karoline III

Equipe técnica de uma empresa especializada formata projeto que será submetido à Capitania dos Portos para autorizar retirada do navio Anna Karoline do fundo do rio.


Elden Carlos
Editor

O Comitê de Gerenciamento de Crise, criado para comandar a operação de resgate das vítimas do naufrágio do navio Anna Karoline III, e dar suporte para os sobreviventes e familiares, anunciou na manhã desta quarta-feira (4) medidas adotadas para localizar os corpos que continuam presos dentro da embarcação.

O navio está a uma profundidade que varia entre 12 e 19 metros, dependendo da tábua da maré. Segundo o governador Waldez Góes, as buscas por meio de descida prosseguem com a chegada de quatro mergulhadores e equipamentos específicos para esse tipo de resgate, cedidos pelo governo do Amazonas.


Passados cinco dias do naufrágio, a água na região sofre processo de contaminação por causa da decomposição dos cadáveres, o que coloca em risco os mergulhadores. “A equipe que desembarcou no local possui roupas e equipamentos que permitem fazer o mergulho sem o risco da contaminação”, declarou.

O sistema utilizado por esses bombeiros permite que eles eliminem os cilindros de oxigênio [utilizados nas costas], e passem a receber oxigênio da superfície, garantindo maior tempo de permanência no fundo do rio.

Reflutuação

A principal notícia dada pelo governador – considerada a mais importante pelas famílias neste momento – está relacionada ao processo de reflutuação, ou retirada da embarcação do leito do rio Jari.


O comandante da Capitania dos Portos no Amapá, capitão de fragata Carlos Augusto, disse que esse procedimento depende de um projeto técnico e que deveria ser apresentado pela empresa responsável pelo navio.

Diante da inércia do proprietário da embarcação, o governador determinou abertura de crédito suplementar destinado à Defesa Civil. Com a decretação de estado de emergência a Defesa Civil requereu contratação de uma empresa especializada para formatar o projeto de reflutuação que será entregue à Capitania dos Portos.

“Se nós recebermos esse projeto, hoje, por exemplo, iremos avaliá-lo no menor tempo possível, sugerindo alguma correção ou liberando-o. Com isso, a logística poderá ser encaminhada para o local do naufrágio, realizando a operação e eliminando os riscos que podem custar outras vidas”, explicou o capitão dos Portos.


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