Polícia

PF deflagra operação de combate ao superfaturamento de EPIs e insumos para enfrentamento ao coronavírus no Amapá

Agentes da Polícia Federal (PF) cumprem mandados de busca e apreensão na empresa Equinócio Nutri e na casa de dois irmãos, sócios da empresa.


Elden Carlos
Editor

A Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã desta quarta-feira (29), a ‘Operação Virus Infectio’, que tem o objetivo de combater desvio de recursos públicos utilizados no enfrentamento específico ao coronavírus no Amapá.

 

A ação conta com a participação do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria Geral da União (CGU) e mira a empresa Equinócio Nutri, que é administrada por dois irmãos.

segundo a assessoria de comunicação da PF, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um na residência dos sócios, no Centro de Macapá, e outro na empresa de equipamentos hospitalares,localizada no bairro Santa Rita. A empresa Equinócio Nutri foi contratada para o fornecimento dos insumos utilizados pelas equipes assistenciais de prevenção e combate à pandemia.

 

As investigações apontam fortes indícios de superfaturamento na aquisição de equipamentos de proteção individual, em pelo menos seis dos quinze itens comprados, através de contrato firmado pelo Fundo Estadual de Saúde do Amapá (FES), por meio de dispensa de licitação.

Também foram verificados indícios de superfaturamento em lotes de materiais de proteção hospitalares, mostrando variações de valores significativas, com destaque para as máscaras duplas e triplas que atingiram patamares de 814% e 535% de sobrepreço, respectivamente.

 

De acordo com as investigações, o valor pago à empresa contratada pelos itens analisados foi de aproximadamente R$ 930 mil. No entanto, o valor de referência seria de quase R$ 291 mil, o que mostra que foram pagos cerca de R$ 639 mil a mais em relação aos preços médios praticados no mercado nacional.

Os investigados poderão responder, na medida das suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação e integrar organização criminosa, e, se condenados, poderão cumprir pena de até 14 anos de reclusão. A operação está em andamento.

 

https://youtu.be/DMBNgeX1u1E


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