Assaltante responsável por execuções em série tomba morto diante do Bope

Com 18 processos criminais por roubo, assassinatos, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, e atualmente devendo estar cumprindo pena em regime domiciliar, Arilson dos Santos Chagas, de 23 anos, o ‘Sinho’, teve a carreira de crime interrompida na tarde de quarta-feira (13) ao decidir confrontar policiais da Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam) e Companhia de Choque do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em uma residência localizada na 3ª Travessa da Vila dos Oliveiras, no bairro Araxá, zona sul da capital.

De acordo com o capitão Hércules Lucena, do Bope, moradores da região denunciaram uma movimentação suspeita no endereço, citando que o criminoso estaria armado no imóvel. As equipes foram deslocadas para área no sentido de apurar a denúncia.

“Era um marginal de altíssima periculosidade. Ele estava cumprindo pena no regime aberto domiciliar. O endereço no qual ele estava não era o que a justiça havia informado, e onde deveria permanecer, já quebrando a condicional. Sabíamos que ele poderia resistir, considerando a periculosidade do bandido. Assim que os policiais se identificaram, ele abriu fogo. No revide, acabou alvejado”, disse o capitão do Bope.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito no local. Com Sinho a polícia apreendeu um revólver calibre 38. Ele integrava uma facção criminosa e atuava entre os bairros Araxá e Pedrinhas, onde era temido pelos moradores. O corpo foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec) para ser necropsiado.

 

Crimes em série

Arilson ‘Sinho’ tinha um rosário de crimes nas costas. Os dois casos de maior repercussão ocorreram em setembro de 2018, no bairro Pedrinhas. No dia 30 daquele mês, Sinho assassinou a tiros o comerciante José Saulo, de 52 anos, o ‘Sapo’. A vítima foi morta de forma cruel dentro do próprio açougue, durante um assalto. A ação do bandido foi registrada pelas câmeras internas de segurança do estabelecimento e auxiliaram a polícia nas investigações.

 

 

Naquele mesmo dia, o líder comunitário José Almeida Ferreira, de 72 anos, concedeu entrevistas e denunciou a onda de violência entre os dois bairros. No dia 1 de outubro, Sinho foi à casa do ancião, localizada na  rua Nova Esperança, bairro Araxá, e o executou com um tiro na boca. O crime teria sido uma represália pelas denúncias.

 

Reportagem e fotos: Jair Zemberg
Texto e pesquisa: Elden Carlos

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