PF mira advogado e associação criminosa investigados por fraudes no sistema penitenciário do Amapá
A PF revelou que o esquema criminoso conta com a participação de advogado, que possui papel primordial na negociação com os agentes estatais, em troca de vantagens pecuniárias indevidas.

Elden Carlos
Editor
A Polícia Federal (PF), no Amapá, deflagra a Operação Rábula na manhã desta sexta-feira (05), em Macapá, para desarticular uma organização criminosa que atua promovendo facilitação e elaboração de pareceres jurídicos junto ao Conselho Penitenciário Estadual do Amapá. Agentes federais cumprem a três mandados de busca e apreensão na capital, além do pedido de suspensão do exercício da advocacia de um dos investigados.
Segundo a PF, a investigação iniciou após análise de material arrecadado na Operação Alcatraz, deflagrada em fevereiro deste ano. Durante as investigações, foi apurado que um dos investigados, servidor público federal, cedido à Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública do Amapá, se valendo da função pública, promoveu, mediante recebimento de vantagens indevidas, serviços de celeridade aos procedimentos de comutação e indulto junto ao Instituto de Administração Penitenciaria do Amapá (Iapen), intermediação de pedidos de liberdade, retirada de tornozeleira eletrônica, redução de data base da pena de custodiados etc.
A PF revelou ainda que o esquema criminoso conta com a participação de advogado, que possui papel primordial na negociação com os agentes estatais, em troca de vantagens pecuniárias indevidas. Restou claro, que ao contratar os serviços advocatícios do investigado, os apenados confiam que este promova todo e qualquer tipo de defesa dos seus interesses, sobretudo aquela que recai à margem da Lei.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa e tráfico de influência, e, se condenados, poderão cumprir pena de até 26 anos de reclusão.
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