Polícia

PF apura desvio de recursos do fundo eleitoral nas eleições de 2018, no Amapá

O esquema criminoso, segundo a PF, desviou mais de R$ 530 mil em recursos do fundo partidário, para o financiamento de apenas três candidaturas, de votação inexpressiva, nas eleições de 2018.


Elden Carlos
Editor

Cerca de 40 agentes da Polícia Federal (PF) cumprem 15 mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (16) nos municípios de Macapá e Mazagão (AP), durante a Operação Desviocracia, que investiga uma associação criminosa responsável por fraudes e desvios de recursos públicos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), denominado Fundo Eleitoral, nas eleições gerais de 2018, no Amapá.

Empresas de mídia e a sede do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) estão entre os alvos da operação.

As ordens judiciais foram expedidas pelo juízo da 2ª Zona Eleitoral do Amapá. Segundo as investigações, iniciadas a partir de irregularidades apontadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), foi verificado um esquema criminoso de desvio de recursos públicos do fundo eleitoral, como também, fraudes no lançamento de candidaturas femininas, para atender ao requisito mínimo – cota de gêneros – nas eleições de 2018, e, assim, obter mais recursos dos fundos de financiamento de campanha.

Também se apurou o envolvimento de empresas prestadoras de serviços às candidaturas investigadas, que durante as eleições foram remuneradas com recursos do fundo partidário, porém, sem qualquer comprovação da efetiva prestação dos serviços declarados, indicando direcionamento deliberado dos recursos públicos ao financiamento de outras campanhas eleitorais.

O esquema criminoso, segundo a PF, desviou mais de R$ 530 mil em recursos do fundo partidário, para o financiamento de apenas três candidaturas, de votação inexpressiva, nas eleições de 2018. Esse valor representa aproximadamente 34% do total recebido pelo partido político, o que evidencia a incompatibilidade na distribuição dos recursos recebidos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica eleitoral e apropriação indébita eleitoral, e se condenados, poderão cumprir pena de até 14 anos de prisão.

Informações e imagens: Comunicação Social/PF/AP


Deixe seu comentário


Publicidade