Política

Depois de operação da PF, Gilvam Borges nega irregularidade nas contas de campanha do MDB

O partido é acusado de desviar mais de R$500 mil divididos entre apenas três candidatas em 2018


O ex-senador Gilvam Borges, presidente do MDB no Amapá, se manifestou sobre a operação Desviocracia, da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta terça-feira (16), que atingiu o partido no estado, para combater associação criminosa responsável por fraudes e desvios de recursos públicos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), denominado Fundo Eleitoral, nas eleições gerais de 2018, no Amapá. Segundo Gilvam, não existe nenhuma irregularidade na prestação de contas.
Cerca de 40 policiais federais deram cumprimento a 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Macapá e Mazagão, expedidos pelo juízo da 2ª Zona Eleitoral de Macapá.

Segundo as investigações, iniciadas a partir de irregularidades apontadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), verificou-se um esquema criminoso de desvio de recursos públicos do fundo eleitoral, como também, fraudes no lançamento de candidaturas femininas, para atender ao requisito mínimo – cota de gêneros – nas eleições de 2018, e, assim, obter mais recursos dos fundos de financiamento de campanha.

 

Identificou-se, ainda, o envolvimento de empresas prestadoras de serviços às candidaturas investigadas, que durante as eleições foram remuneradas com recursos do fundo partidário, porém, sem qualquer comprovação da efetiva prestação dos serviços declarados, indicando direcionamento deliberado dos recursos públicos ao financiamento de outras campanhas eleitorais.

 

De acordo com Gilvam Borges, sobre as investigações ocorridas na sede do MDB acerca das investigações de candidaturas de mulheres, onde se busca saber o tanto de votos obtidos e valores gastos conforme legislação vigente, os resultados são de conhecimento público através da aprovação das contas das três candidatas que concorreram no pleito de 7 de outubro de 2018, seguindo rigorosamente a legislação em vigor. “Seguimos pelo caminho da honradez e da lisura administrativa, sempre e o tempo todo”, afirma o presidente estadual do MDB Amapá.

Segundo a Polícia Federal, o esquema criminoso desviou mais de R$ 530 mil em recursos do fundo partidário, para o financiamento de apenas três candidaturas, de votação inexpressiva, nas eleições de 2018. Esse valor representa aproximadamente 34% do total recebido pelo partido político, o que evidencia a incompatibilidade na distribuição dos recursos recebidos.


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