Caso Marlindo: Delegado explica circunstâncias da morte de preso encontrado enforcado em cela do Ciosp Pacoval
Marlindo da Silva, de 35 anos, foi preso acusado de ter tentado assaltar um carro forte na zona norte de Macapá.

Elden Carlos e Rodrigo Silva
Da Redação
O diretor do Departamento de Polícia da Capital (DPC), delegado Roberto Prata, reuniu a imprensa na manhã desta quarta-feira (24) para detalhar a morte de Marlindo da Silva Lopes, de 35 anos, que foi encontrado enforcado no final da tarde de terça-feira (24) dentro de uma das celas do Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval, para onde ele foi levado após ser preso durante o que a polícia considera como uma tentativa de assalto a um carro forte.
A suposta tentativa de assalto ocorreu no início da tarde de terça-feira, no estacionamento de um supermercado na zona norte de Macapá. Marlindo, usando um simulacro de arma de fogo, teria tentado render os seguranças de um carro forte. Houve luta corporal e tanto ele quanto os seguranças foram feridos à bala. Após ser atendido no Hospital de Emergências (HE), de Macapá, Marlindo foi levado para o Ciosp Pacoval.
Segundo o delegado Prata, entre a chegada do preso e a constatação da morte não passaram nem trinta minutos. “Foi tudo muito rápido. Conversei com o delegado plantonista que me relatou que o Marlindo foi apresentado, levado para a cela somente de cueca, que é o protocolo, e colocado na cela com outro preso. Esse segundo preso foi levado no mesmo momento para a identificação. Assim que o agente retornou, se deparou com o Marlindo já enforcado. Toda essa situação, durou um pouco mais de vinte minutos”, afirmou o diretor.
O delegado revelou ainda que Marlindo utilizou as ataduras que estavam encobrindo ferimentos em suas pernas para se enforcar. “Ele tinha ferimentos nos braços e pernas. A recomendação médica era para que ele ficasse com as ataduras. Ele acabou tirando as ataduras das penas ao ficar sozinho, cometendo o ato extremo”, declarou.
Sobre o suposto ataque ao carro forte, Roberto Prata disse que essa questão gerou muitas lacunas, perguntas sem respostas. “O Marlindo é quem iria esclarecer o que ocorreu. Existem algumas informações que surgiram após a prisão dele, mas a Polícia Civil mantém nesse momento o foco na tentativa de assalto ao carro forte”, disse.
A Corregedoria da Polícia Civil já foi comunicada e deverá apurar o caso. “Todos os procedimentos legais foram tomados. A Corregedoria da PC foi comunicada para apurar os fatos e não deixar restar dúvidas sobre o que de fato houve aqui”, finalizou.
Imagem: Joelson Palheta
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