Detento monitorado por tornozeleira eletrônica é executado no Novo Horizonte
Vítima levou pelo menos quatro tiros na cabeça durante uma emboscada em área de passarela do bairro Novo Horizonte, zona norte de Macapá.

Cumprindo pena de 3 anos e 8 meses pelo crime de roubo (Art.157), no regime aberto domiciliar, o apenado Marley Leite dos Santos, de 24 anos, foi executado com pelo menos quatro tiros na tarde de terça-feira (21) em uma passarela localizada no final da Avenida José Loureiro de Sena, bairro Novo Horizonte, zona norte de Macapá.
Quatro homens são suspeitos de emboscar a vítima. Marley teria chegado ao local em uma bicicleta. Ele usava uma tornozeleira eletrônica. O Centro Integrado em Operações da Defesa Social (Ciodes) registrou a ocorrência às 15h07. Segundo o delegado Gladson Nascimento, da Delegacia Especializada em Crimes Contra Pessoa (Decipe) apesar de o crime ter sido à luz do dia, os moradores disseram não ter visto quem matou o detento.

“As pessoas estão temerosas em prestar qualquer informação. O que temos até o momento chega através de denúncias anônimas. Estamos apurando os fatos, mas está claro se tratar de acerto de contas”, resumiu o delegado.
O corpo de Marley foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec) para ser necropsiado.
Moradores relatam ação de facções
Durante a perícia no corpo de Marley Leite, o Diário conversou com dois moradores da região de passarelas. Eles foram unânimes em afirmar existir ali uma intensa disputa de facções por pontos de vendas de drogas e domínio da área.
Sem ser identificado, um dos moradores revelou que o tráfico de drogas é feito na maioria das vezes à luz do dia. “Os caras vendem descaradamente a qualquer hora. É uma guerra de facções e essa morte certamente será ‘cobrada. Tememos pelas nossas famílias”, disse o trabalhador.
“Se olhar, verá várias casas com placas de venda. Mas, quem vai querer comprar? Aqui não temos sucesso e toda hora os moradores de bem são ameaçados. Se nos verem conversando com a polícia então, ai o bicho pega depois. Precisamos de um bom trabalho de investigação e prisão dessas pessoas aqui dentro”, pediu uma moradora que também não terá no nome divulgado por questão de segurança.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
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