Para evitar desgastes, Rubem Bemerguy sugere que Clécio deixe Rede Sustentabilidade
Bemerguy acredita que afastamento de Clécio do grupo liderado por Randolfe é inevitável e que carreiras devem seguir independentes.
Cleber Barbosa
Da Redação
Cleber Barbosa
Da Redação
O advogado Rubem Bemerguy, que é pré-candidato a prefeito de Macapá pela Rede Sustentabilidade, disse nesta quarta-feira (29) em entrevista ao programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) que a separação política entre o senador Randolfe Rodrigues e o prefeito da capital, Clécio Luís, é inevitável. Para evitar maiores desgastes ou polêmicas, Rubem sugeriu que o atual gestor municipal deixe a legenda para buscar um novo partido onde possa tocar futuros projetos políticos.
Bemerguy diz que não era essa a alternativa ideal, pois se declara amigo pessoal de Clécio. Contudo, segundo ele, as alianças costuradas agora tornam inevitável esse afastamento. “Eu, no lugar do Clécio, não faria isso, abandonar uma amizade e uma militância de 30 anos por alguém que tem poder político nesse momento, mas se ele realmente pretende apoiar um partido ligado a Bolsonaro, talvez, para melhorar o clima, seja mais interessante ele deixar o partido e assumir logo uma postura pública e a gente vai seguir outros caminhos”, pondera, dizendo que qualquer que seja a decisão não vai mudar o carinho que diz manter pelo atual prefeito.
Campanha
Rubem também falou sobre o clima da pré-campanha muito mais virtual do que real, devido aos impedimentos do chamado ‘corpo a corpo’ e respondeu a questionamentos sobre quando participou de campanhas anteriores, como a do ex-governador João Capiberibe. “Na verdade, nunca tive essa experiência de sair às ruas para conversar com as pessoas e tentar convencê-las de que tenho uma boa proposta ou que meu candidato tenha uma boa proposta. Eu não tinha tempo, pois ficava no jurídico do Capi e depois fui seu procurador-geral do Estado [quando ele governou o Amapá] como também fui secretário de Estado da Educação”, recorda.
Bemerguy diz que vem seguindo aquilo que a pandemia está deixando como legado, aprendendo a lidar com as redes sociais, coisa que admite não ter muita intimidade ou habilidade, mas que está gostando por ser uma forma legal de poder falar das coisas que pensa e das propostas que tem para Macapá. “As pessoas são extremamente carinhosas comigo, mas tenho observado também um discurso de ódio muito grande, são agressões mesmo, só por discordar de um pensamento que se expressa na internet”, completa.
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