Nota 10

Com aulas à distância, professora cria vídeo lúdico para fazer chamada escolar dos alunos

Além da chamadinha, professora Alice Santos também cria outros vídeos com diversas temáticas educacionais para tornar interessante a aula à distância das crianças.


Railana Pantoja
Da Redação

 

A pandemia do novo coronavírus fez a gente inventar e reinventar muitas coisas do nosso dia a dia. Na área da educação isso não foi diferente. Uma prova é a professora Alice Santos, que dá aulas para o 1° período da educação infantil na Creche Tia Chiquinha, zona sul de Macapá. Ministrando aulas à distância e tendo que criar formas de melhorar o aprendizado dos alunos com as aulas remotas, a professora edita diversos vídeos lúdicos e compartilha em aplicativos de mensagem com os responsáveis das crianças.

“Não foi fácil adaptar, pois é algo novo para todos, mas, a busca por novas estratégias de manter nossas crianças presentes, e, principalmente, sem deixar o lúdico de fora da aprendizagem é o que torna tudo mais fácil, prazeroso e leve. Só ressaltando que é algo novo, difícil, mas se nós queremos tornar essa aprendizagem mais prazerosa e continuar fazendo a diferença na vida dessas crianças a gente tem que inovar, pesquisar, buscar estratégias diferentes para que tudo valha a pena. Não estamos mais no espaço físico, mas continuamos querendo a diferença, a aprendizagem com os mesmos objetivos. Precisamos ser professores e pesquisadores”, falou Alice Santos.

Professora Alice e alunos, quando ainda tinha aula presencial

Recentemente, um vídeo em que a professora aparece fazendo a “chamada escolar virtual” ganhou notoriedade. Alice reúne na produção as fotos dos alunos que participaram da aula e sai no “aviãozinho” mostrando e cantando. Por enquanto, o material é produzido e editado através de aplicativos no próprio celular, e a professora conta com a ajuda do esposo nos bastidores.

“Essa forma dos vídeos, não só da chamadinha, como também de outros que a gente procura fazer, surge como uma estratégia de incentivar a participação e também, claro, é pela saudade que eles [alunos] sentem, tanto de nós como equipe, quanto do espaço físico e dos colegas. Foi uma forma de unir toda essa saudade em um vídeo, ou melhor, nos vídeos”, explicou.

Mesmo que parte das crianças tenha acesso à internet e tecnologias, outra parcela não possui. Nesses casos, a alternativa encontrada é a produção e entrega de material impresso.

“O material impresso não só é preparado para as crianças que não têm acesso, como também para as crianças que têm. Então, todas acabam tendo acesso ao material impresso, que é uma das estratégias da Creche Tia Chiquinha, onde trabalho, para alcançar 100% das crianças”, acrescentou Alice.

Crianças sentem falta do espaço físico da creche

Questionada sobre a participação dos pais e responsáveis dos alunos na educação durante a pandemia, a professora considera ter uma parcela satisfatória que se faz presente.

“No início era tudo muito novo, difícil, mas hoje temos uma devolutiva muito satisfatória dos pais e é o que nos deixa felizes, e incentiva o nosso trabalho. Entre 20 e 25 alunos participam das aulas diariamente, por conta de muitos pais que continuam trabalhando. Então, eles sentam com a criança no final de semana para fazer as atividades. A gente tem um grupo no WhatsApp, então todo suporte é colocado durante a semana e no fim de semana eles já têm tudo prontinho pra sentar e fazer com a criança. Essa participação dos pais é muito importante para o desenvolvimento de todo o trabalho. É um grande desafio e ao mesmo tempo um mundo de possibilidades, e é isso que nos faz continuar”, finalizou a professora Alice.

Para ajudar e incentivar que outros docentes criem conteúdos interessantes na internet, Alice Santos criou um canal no YouTube (Professora Alice Santos) e um perfil no Instagram (@professoraalice_) e, futuramente, pretende compartilhar vídeos com as ideias que tem e também ensinando a parte de edição do material.

 


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